segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Hoje, estarei lá.
sábado, 11 de outubro de 2008
Eu vou...
(I simpósio de poesia contemporânea)
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Com luz e sem ilusão
Fada dos dentes arrependida
Ele, ou ela, não tem nem sexo definido,
nem amigo do infinito, nem grito.
Gosta de nos infernizar com um zumbido no ouvido.
O nome usado pelas crianças é FADA.
Pra mim, poderia se chamar de mal-amada.
Certa vez, num momento de escassez,
eis ela que arranca o próprio dente de uma vez.
Arrumou uns trocados em troca
do dente que fez falta.
Burrice! Gritou sua consciencia depois do ato insano,
não menos que profano, um engano.
Um consolo.
Pesado como tijolo.
Feliz esteve outrora,
porém a falta de um dente à deixava triste agora.
(texto e desenho: Felipe Godoy)
Pequenas epifânias
Caio Fernando de Abreu - Pequenas Epifânias
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Literatura Celular n. 03 - 09/10 - 16:01 hs
AMÉLIA Jantar mudo de chamadas perdidas: eu, mulher-de-verdade, destupro o meu destino na entranha do
Auto Retrato
Este Munch sentado e cabisbaixo é meu. Pode esquecer o Grito e a dor. Nele, tudo já é passado e esta gravata vermelha devia ser de cor violenta, roxa lenta em púrpura cor. Olhos longínquos e tristes, deste moço. Semblante perdido, com paletó puído, mãos disformes e todas as cores escorridas. Me oferece vinho, eu aceito. Pinceladas noturnas incandescem meus olhos turvos. Eu conheço Munch de perto. Já vi seu Grito, já gritei com ele. Revoltei-me com suas réplicas, com suas tétricas figuras. Ele permaneceu ausente de palavras, mas seus traços longos, me diziam "grita comigo, não grita comigo". E eu, obedecia-lhe poéticamente. Muda... com o grito preso na boca... ecoando pelo silêncio que deixava o ar suspenso...
No intervalo...
Histórias no Elevador
Veja que bacana:
http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/mostrasesc08/historiasnoelevador.cfm
Literatura Celular n. 01 - 08/10 - 20:30hs
... tateia. Morto pesa pacas. O bodum tonteia. "Pô!" Passo. Queda."Não!" Já era.
A.Guzik - Mostra Sesc de Artes 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Começa hoje...
mostRa SeSc de arTeS
Cerca de 80 projetos nas linguagens de artes visuais, artemídia, dança, literatura, música e teatro ocupam as 15 unidades do SESCSP.
Eu vou, você vai ?
Let´s Get It On
Esta vai pro marido, pelo qual esperei e sem o qual não vivo.
Let's Get It On (tradução)
Marvin Gaye
Eu realmente tenho tentado, baby
Tentado segurar esses sentimentos por tanto tempo
E se você se sente como eu me sinto, meu bem
Vem cá, venha
E vamos deixar fluir, vamos deixar fluir
O querida, vamos deixar fluir
Somos todos pessoas sensíveis
Com tanto amor para dar entenda-me, meu amor
Já que estamos aqui
Vamos viver
Eu te amo
Não há nada de errado comigo
Em amar você, amor, não, não
E você se dando a mim nunca poderia ser errado
Se o amor for verdadeiro, querida
Você não sabe o quão doce e maravilhosa
A vida pode ser
Estou te pedindo, querida,
Para se soltar comigo
Não vou me preocupar nem forçar nada
Não vou forçar você, querida
então venha, querida
Pare de enrolar
Vamos deixar fluir
Você sabe do que estou falando
Vamos, querida,
Deixe o seu amor sair
Se você acredita no amor,
Vamos deixar fluir
Vamos deixar fluir, querida
Neste minuto, oh, sim
Vamos deixar fluir
Por favor, solte-se
Vamos, vamos, vamos, vamos, querida
Pare de enrolar
Vamos nos soltar
Eu quero me soltar
Você não deve se preocupar se isto está errado
Se o seu espírito te move
Deixe-me curtir você… bom
Deixe o seu amor fluir
Solte-se, vamos, querida
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Motown
Domingueiras. Era assim, que chamavam as "baladas" nas quais íamos (eu, minhas amigas e invariavelmente... os irmãos). No final, não tinha muito problema, pois todo mundo era conhecido ou a tal festa era um aniversário de um primo, ou apenas, motivo pra deixar a "vitrola" rolando a noite toda.
Todo mundo era um pouco DJ. NInguém tinha pen-drive, nem carregava músicas em i-pod. A chamada não era por celular, era no boca a boca. No portão de casa, encontrava um , encontrava outro, ia na casa de um, ligava pelo telefone (com fio!) pra outro, comprava fichas pra orelhões laranjas e a festa estava armada.
Cada família tinha sua "máfia" de vinil. De forma, que quando víamos alguém chegar, já sabiamos que tipo de som ia rolar. Mas, a democracia era absoluta "pode tocar, se tiver ruim... pode tirar!" E, tiravam. Ninguém deixava a festa esfriar.
Nesta época, a gente dançava com quem não queria. Porque não era legal, dizer não. Mas, haviam códigos, então eram 7 passos e um olhar nos salvava. Naquela época olhar era tudo. Na pista (geralmente uma garagem ou um grande salão) pelo olhar a gente sabia se a música estava legal ou não. Se a dança iria até o fim ou não. Se alguém precisava ser salva ou não.
Era um tempo bom. Mas, quase todos os tempos passados, são... as memórias são sempre melhores do que a história.
Este Marvin Gaye, é antigo. E, até minha mãe, já assoviou um refrão... Quando o mundo não era tão moderno, a gente gostava de inventar amores. E, passava muito tempo, ouvindo canções como "Let´s get it on" e imaginando se em algum lugar havia alguém olhando o mesmo infinito que nós... Bem, era assim, quando eu adolesci.
Este vinil, já rodou muito. Debaixo de braço, debaixo de chuva, protegido do sol. Já formou casais, já separou namorados, já fez moças bonitas tirarem anéis dos dedos pra guardar segredos.
Se este moço soubesse, como se tornaria eterno por causa de uma (ou algumas! ou quase todas! mas, especialmente por esta) canção... ah, se ele soubesse...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Solidão, que nada.
Dor Nenhuma
Labiata
Local: Livraria Cultura Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073 - São Paulo/SP
domingo, 5 de outubro de 2008
Literatura Celular
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Cartas de amor gratuitas.
- Gabriel Garcia Marquez in “O Amor no Tempo do Cólera”
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Bonito era ver o negão cantando...
Apaixonite Aguda
Itamar Assumpção
Quando estou longe
Quero ficar perto
Quando estou perto
Quero ficar dentro
Quando estou dentro
Quero ficar mudo
Quando estou mudo
Quero dizer tudo
Percusoul
Quando este moço olhava pra platéia e parecia que me olhava... eu ficava miúdinha na íris dele.
Ausência
Itamar Assumpção
(Meu bem,)
Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia