domingo, 29 de maio de 2011

I said your name



E-Bow The Letter
R.E.M
Look up, what do you see?
all of you and all of me
flourescent and starry
some of them, they surprise

the bus ride, I went to write this, 4:00 a.m.
this letter
fields of poppies, little pearls
all the boys and all the girls sweet-toothed
each and every one a little scary
I said your name

I wore it like a badge of teenage film starshash bars, cherry mash and tinfoil tiaras
dreaming of Maria Callas
whoever she is
this fame thing, I don't get it
I wrap my hand in plastic to try to look through it
Maybelline eyes and girl-as-boy moves
I can take you far
this star thing, I don't get it

I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminium, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over

will you live to 83?
will you ever welcome me?
will you show me something that nobody else has seen?
smoke it, drink
here comes the flood
anything to thin the blood
these corrosives do their magic slowly and sweet
phone, eat it, drink
just another chink
cuts and dents, they catch the light
aluminium, the weakest link

I don't want to disappoint you
I'm not here to anoint you
I would lick your feet
but is that the sickest move?
I wear my own crown and sadness and sorrow
and who'd have thought tomorrow could be so strange?
my loss, and here we go again

I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminium, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over

look up, what do you see?
all of you and all of me
flourescent and starry
some of them, they surprise

I can't look it in the eyes
seconal, spanish fly, absinthe, kerosene
cherry-flavored neck and collar
I can smell the sorrow on your breath
the sweat, the victory and sorrow
the smell of fear, I got it

I'll take you over, there
I'll take you over, there
aluminium, tastes like fear
adrenaline, it pulls us near
I'll take you over
it tastes like fear, there
I'll take you over

pulls us near
tastes like fear...

nearer, nearer
over, over, over, over
yeah, look over
I'll take you there, oh, yeah
I'll take you there
oh, over
I'll take you there
over, let me
I'll take you there...
there, there, baby, yeah
 

E-Bow A Carta

R.E.M.
Levante os olhos, o que você vê?
Tudo de você e tudo de mim
Fluorescente e brilhante
Algum deles, eles se surpreendem


A viagem de ônibus, eu escrevi isto, 4:00 da manhã
Esta carta
Campos de papoulas, pequenas pérolas
todos os meninos e todas as meninas mascando
Todos e cada um um pouco assustadores
Eu disse seu nome


Usei isto como o emblema de estrelas de filmes adolescentes
bares de haxixe, doce de cereja e tiaras de papel alumínio
Sonhando em Maria Callas
Quem quer que seja ela
Esta coisa de fama, Eu não quero isto
Eu envolvo minha mão em plástico para tentar olhar através disto
Olhos maquiados e movimentos de garota-como-garoto
Eu posso tocar você de longe
Coisas de estrela, Eu não quero isto


Vou te levantar, lá
Vou te levantar, lá
Alumínio, tem gosto de medo
Adrenalina, isto nos puxa para perto
Vou te levantar
Isto tem gosto de medo, lá
Vou te levantar


Você viverá para 83?
Você sempre me receberá bem?
Você me mostrará alguma coisa que ninguém jamais viu?
Fume isto, beba
Aí vem o chão
Qualquer coisa para afinar o sangue
Esses corrosivos fazem sua mágica lenta e docemente
Telefone, coma isto, beba
Somente outro tilintar
Corta e amassa, eles pegam a luz
Alumínio, o elo mais fraco


Eu não quero te desapontar
Eu não estou aqui para te ungir
Eu posso lamber seus pés
Mas esse seria um ato doente?
Eu uso minha própria coroa e tristeza e pesar
E quem imaginaria que o amanhã poderia ser tão estranho?
Minha perda, e aqui vamos nós outra vez


Vou te levantar, lá
Vou te levantar, lá
Alumínio, tem gosto de medo
Adrenalina, isto nos puxa para perto
Vou te levantar
Isto tem gosto de medo, lá
Vou te levantar


Levante os olhos, o que você vê?
Tudo de você e tudo de mim
Fluorescente e brilhante
Algum deles, eles se surpreendem


Eu não posso ver isto nos olhos
Seconal, mosca espanhola, absinto, querosene
Doce de cereja pescoço e colarinho
Eu posso sentir o pesar em sua respiração
O suor, a vitória e o pesar
O cheiro de medo, Eu sinto isto


Vou te levantar, lá
Vou te levantar, lá
Alumínio, tem gosto de medo
Adrenalina, isto nos puxa para perto
Vou te levantar
Isto tem gosto de medo, lá
Vou te levantar


nos puxa para perto
tem gosto de medo...


perto, perto
acabou, acabou, acabou, acabou
sim, veja só
Vou te levantar, oh, sim
Vou te levantar
oh, acabou
Vou te levantar
acabou, leve-me
Vou te levantar
lá, lá, baby, sim

sábado, 28 de maio de 2011

Olhares


no céu do centro, 
convenção de urubus, 
pombas e pássaros sem nome,
sem destino

no chão do centro, 
eu olhando para o céu, 
procurando teto
sem chuva




Centro silêncio


Hoje o dia foi de andanças. No centro, antigo, tantas belezas. Geralmente o barulho é constante, mesmo quando tudo está fechado. Hoje, por um momento, o tempo parece ter sido congelado. E, apesar do vento frio cortante, não havia uivos, nem gritos, nem arrulhos de pombos. O centro estava em silêncio e no Páteo do Colégio, a cidade parada parecia cenário de filme.

Lindo.

Best First Lines




Trechos iniciais de grandes livros, num vídeo que é um show tipográfico, de animação e de vozes para as versões em audiobook. A lista completa é apresentada no final.
Dica do Almir

Oração




Oração
A Banda Mais Bonita da Cidade
Composição : Leo Fressato


Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa


Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois


Cabe até o meu amor
Essa é a última oração pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa
Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras


Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Os dez mais, por Marcos R.B.Lima


“Veinte poemas de amor y una canción desesperada” - Pablo Neruda
“Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade” - Oswald de Andrade
“Poemas” – Vladimir Maiakóvski
“Los Conjurados - Jorge Luis Borges
“Galáxias - Haroldo de Campos
“Aprendiz de Feiticeiro” – Mario Quintana
“Livro de Sonetos” - Vinicius de Moraes
“Manuel Bandeira - Libertinagem
“Um terno de pássaros ao sul” - Fabrício Carpinejar
“Odes de Ricardo Reis” - Fernando Pessoa (pseudônimo)

Marcos R. B. Lima

sábado, 14 de maio de 2011

Incandescente


Rouge

Vestido turco de lantejoulas. Batom carmim. Esmalte Revlon.
Um coração vermelho de cristal Swarovski. Bloody Mary
Queen of Scots. In my end is my begginning.
O planeta Marte, visto a olho nu. Bélica.
A paixão sua pedra de toque: dois rubis
indianos presos nas orelhas, um cinturão de diamantes -
também a frieza é humana. Não há visão sem fogo,
é incandescente a fúria, a labareda. A cor púrpura, império.
Nobreza. Veludo. Um buquê de magnólias.

Virna Teixeira

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Asas

A primeira vista

"Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei..."

Hoje, dia 06 de maio de 2011, meu irmão caçula faz aniversário.

Eu geralmente nunca lembro o ano que ele nasceu ou quantos anos está fazendo. Mas, eu nunca esqueço o dia que ele chegou pra alumiar nossas vidas.

Foi num domingo de sol, num dia das mães,  que este menino lindo chegou chorando e eu o tomei no colo e prometi que dele eu cuidaria, pra sempre.

Meu irmão, sempre foi meu filhinho. Foi muito esperado, muito desejado, foi muito especial e até nome de santa recebeu. 

Promessa. 

Sim, meu irmão foi feito de promessa...  "Nossa Senhora Aparecida, me ajude a ter meu filho, deixa ele nascer, deixa eu ser a mãe dele". Minha mãe não chorou pouco não... fez repouso absoluto, quase perdeu, cuidou da barriga como se fosse um relicário sagrado, sangrou, rezou, pediu e ganhou o menino mais bonito do berçário.

Ao nascer, ele ganhou o nome de CÉLIO APARECIDO, em homenagem a santinha. Porque sim, ele foi feito de promessa e até hoje nós agradecemos por este milagre lindo que aconteceu. 

Meu irmão caçula é o amor da minha vida.

Eu tô chorando agora , de bobeira... porque sou uma cabrocha muito chorona,  porque me lembrei de tantas histórias ao lado dele que passou um filme aqui, em câmera lenta de todos os nossos risos (ele tem o riso mais gostoso da família, é o que mais sorri, distraidamente) , de todos os choros (foram tantos em tantas idades diferentes), com todas nossas alegrias (e foram tantas em tantos natais, páscoas, viagens !)  e nossas tristezas (que foram poucas e marcantes e que se deus quiser, serão sempre mínimas em toda a nossa vida).

Meu irmão é meu anjo. Acho que ele nem sabe, porque pensa que eu sou a anja dele. Mas, ele que é abençoado, que foi o prometido e esperado e para quem eu peço a Deus que sempre ilumine e que traga coisas boas e que dê tudo certo nesta vida terrena dele.

Meu irmão é rico. Talvez nem tanto de riqueza material, mas ele é dono de um coração de ouro, de uma índole de ouro... meu irmão brilha feito moeda antiga.

De moeda antiga, também se faz. Feito relíquia, quer guardar o tempo na palma da mão. Guarda o desejo de ser Rei, de templo antigo, feito lenda passada. Guarda ele, espadas. E eu o guardo, em todo o meu imaginário, como o Senhor (meu menino) guardião de todas as belezas.

Meu irmão é lindo. Lindo daquela beleza que a gente não traduz, que o espelho não reflete. É lindo porque cativa, porque tem olhar doce feito doce-de-leite, porque tem abraço gostoso que é feito de criancice (que dá vontade de beijar as bochechas e bagunçar os cabelos).

Meu irmão é meu Pai. Dos filhos, com certeza, é o que mais se parece com aquele que o gerou. É o jeito de balançar os braços, é o jeito puro de dar risada, é o andar cadenciado, é o tamanho pequeno de homem grande.

Meu irmão é da minha Mãe. De caçulice é feito, e sob as asas dela viverá, protegido, amado e  mimado, eternamente.

Meu irmão caçula é metade do meio irmão do meio. Completam-se, sendo iguais e diferentes. Iguais no bem querer, iguais no coração gigante, iguais quando de costas caminham e se parecem tanto frente à frente...

Meu irmão caçula, embora não tenha lembrança de todas as histórias que meu irmão do meio conta, é o nosso bem mais precioso. Nem sabemos direito como protegê-lo, nem como contar tudo o que nos aconteceu, só nos lembramos do passado, do passado no qual ele era nosso bebê, nosso dengo, nosso eterno xodózinho... 


Eu amo meu irmão. Amo cada lembrança, cada cheiro, cada choro e cada detalhezinho da vida dele. Amo o sobrinho que ele me deu, amo o jeito carinhoso dele ser, amo até o jeito calado de quem tá distante mas que grita vontades de ajudar o mundo, de ser bombeiro, de ser herói sem acidentes.

Meu irmão faz aniversário hoje e eu nunca me lembro quantos anos ele tem... quantos anos está fazendo... nem me importa, nem quero saber... 

O menino que carreguei no colo por tantos anos, hoje é um homem, e me carrega no peito, no ombro, nas costas... tenho certeza, me carregará sempre. Porque dele, eu sou irmã, também sou mãe, também sou amiga, também sou a Anja (que ele acredita) e se Deus quiser eu o protegerei, como prometi quando ele nasceu... pra sempre.

"ô meu amor, minha vida, vem aqui pra eu te encher de beijos!!!" 


29 anos !!! 


"Cê parece um anjo

Só que não tem asas iaiá
Oh meu Deus!
Quando asas tiver
Passe lá em casa...(2x)

E ao sair
Pr'as estrelas
Eu vou te levar
Com a ajuda da brisa do mar
Te mostrar onde ir.."

(Maskavo)

O simulacro da imagérie


“Lo que importa es la no-ilusión. La mañana nace”
[Frida Kahlo: Diários]

O simulacro da imagérie, escrito em fevereiro de 1996 por Caio Fernando Abreu, parte do livro Estranhos estrangeiros.

Leia o conto completo AQUI

Fonte: Revista E Online - Portal SESC SP