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sexta-feira, 30 de abril de 2010


Faz pouco tempo que re-assisti Bonnie & Clyde. E, mesmo a película tendo envelhecido um pouco, o filme continua bom.

O romance baseado na história real de Bonnie Parker e Clyde Barrow, o casal de assaltantes mais aterrorizante dos Estados Unidos, foi imortalizado pelo Warren Beatty (que além de produzir ainda foi o famigerado Bonnie)

O filme quebrou diversos tabus e foi um campeão de bilheteria e crítica, muito popular entre a geração jovem dos anos 60. Influenciado pela nouvelle vague francesa, o filme é famoso tanto por sua montagem acelerada quanto por suas rápidas mudanças do tom da narrativa, passando rapidamente do humor para a violência mais exacerbada.

O slogan era ótimo:

"Eles são jovens... eles se amam... e eles matam pessoas!"

domingo, 21 de março de 2010

Tyson


"Não há dúvida, sou um selvagem."

Assisti hoje de manhã, enquanto o marido dormia. O filme-documentário é realmente muito bom. Mostra mais que o mito, desmistifica-o, coloca-o no lugar comum (se é que é possível colocar o Tyson numa esfera de lugar comum). 


Sinopse: Mike Tyson tem uma vida que mais se parece com um filme: vitórias, derrotas, altos e baixos e muita (mas muita) polêmica.  Dirigido pelo norte-americano James Toback, o documentário intitulado simplesmente Tyson abordará desde seu início no boxe, até a polêmica mordida em Evander Holyfield, passando por prisões, julgamentos e outros momentos. Entre eles, Tyson chega a dizer em entrevista que “Para falar a verdade, eu sou um idiota algumas vezes” e até se emociona frente às câmeras. 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Me and You and Everyone We Know


"Queria tê-la conhecido 50 anos atrás. Mas talvez eu tenha precisado viver 70 anos para estar pronto para uma mulher como a Ellen."

Eu, Você e Todos Nós - Me and You and Everyone We Know

Sinopse: Christine Jesperson (Miranda July) é uma solitária artista plástica, que divide seu tempo entre suas criações e seu trabalho como motorista para pessoas idosas ou que não possam dirigir. Ao levar um de seus clientes a uma loja ela conhece Richard Swersey (John Hawkes), um vendedor de sapatos que a convence a comprar um par mais confortável. Richard se separou recentemente e agora mora com seus dois filhos, Peter (Miles Thompson) e Robby (Brandon Ratcliff), com quem tem um relacionamento distante. Logo Christine se interessa por Richard, mas ele ainda tem receio de iniciar um novo relacionamento
.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

500 dias de Verão



Todo mundo sabe que se eu pudesse, minha vida seria filme. Alguns me fazem chorar, mesmo sem ter nada EMOCIONANTE, outros me divertem e tem uns que entram para o meu coração e arrasa o quarteirão.

As vezes, uma cena, uma situação, um pensamento e pronto... lá vem corredeira sob cílios.

Este ano, desde que voltei de férias (há 10 dias atrás) já assisti uns 12 filmes. E, 500 dias com Ela, é o que hoje indico.

Não é nenhuma super produção americana e não é nenhum filme francês para causar tristeza dentro de nós.

Este filme é para quem já esteve apaixonado, para quem está apaixonado por alguém que partiu (e te partiu) ou para alguém que acha que este mundo é estranho e o amor tomou uma estrada que passa bem longe do seu coração.

É para moços e moças que acreditam em encontros ao acaso, coisa do destino e gostam... dos smiths e pixies!

Não é para qualquer um, é apenas para poucos (talvez para nós, os bobos, que ainda tenham o coração juvenil e que gostam de Amélie Pouilan, A história sem fim e outras lendas e películas antigas).

Detalhe: eu queria ser ela, mas eu sou ele!

Sinopse:
Na história, que abrange os quinhentos dias do título, Joseph Gordon-Levitt vive Tom, um criador de cartões comemorativos, em busca do amor de sua vida. No escritório ele conhece a bela Summer(daí o nome original intraduzível do filme, (500) Dias de Summer ou "Verão"), interpretada pela adorável Zooey Deschanel. Os dois desenvolvem um relação, mas há um problema: ela não acredita no amor.

sábado, 17 de outubro de 2009

Como é possível...

escolher entre Bryan Ferry e David Bowie ?



Sou cinemaníaca. Se pudesse, faria meu horário de almoço dentro de uma sala de cinema, se pudesse iria ao cinema todos os dias (vou uma vez por semana), se pudesse a sala da minha casa teria um projetor com áudio de primeira, cortinas vermelhas, pipoqueira e meu marido (outro viciado) cuidando da iluminação e de outras direções.
Não sou preconceituosa (só assisto filme de fulano, só assisto filme iraniano, só assisto filme que conste na Cahiers du Cinéma).
Assisto filmes. Muitos, tantos quanto possível, porque pra mim é um vício e não vivo sem.



Na minha classificação, um filme para pontuar (pois é, eu pontuo filmes) precisa no mínimo me contar uma boa estória. E só dou 10 e ponho na minha galeria pessoal (do eu queria ter feito, ter participado, ter escrito) se for imperdível, inesquecível ou inimaginável... são poucos, bem certo, mas pra mim, contam muito sobre quem sou, quem eu queria ser...

Um bom filme é atemporal e independe do diretor, do ator, da estória contada. Um bom filme vive para sempre e quando revisitado parece mais atual do que nunca (mesmo que o diretor nunca mais tenha feito algo igual, que o ator tenha virado um qualquer, que a estória seja passada e no passado esteja).

Reflexos da Inocência não entra na minha galeria dos filmes imperdíveis, inesquecíveis ou inimagináveis... não é filme pontuável de causar rebuliços na mente e no corpo. Mas, tem algo nele que adoro... tem a cena clássica onde uma moça bonita, canta uma canção que gosto e que transforma a cena em algo que vejo e revejo várias vezes depois... e depois... e depois... e fico cantando, e fico lembrando e...

querendo ser, querendo ter estado, querendo ser aquela... da tela... na película lúdica do cinema...

Bryan Ferry ou David Bowie ?
Não sei, não me importa... gosto dos dois.

Importa mesmo é o tempo, o espaço e um momento mágico que o cinema captou e guardou numa tela...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Do que você tem medo ?



De cinema eu não tenho, nem do escuro, nem de diretores, nem de cenas chocantes.

Fomos assistir Anticristo no HSBC Belas Artes. Apreensivos, ansiosos, instigados. Lars Von Trier nos deixa assim, em estado de espera (sorte a minha que o marido também ama cinema, então este é sempre o nosso melhor programa em qualquer dia, a qualquer hora).

Não acho que devemos gostar de um filme porque gostamos da "pegada" de um determinado diretor, mas identificação é fundamental. Eu gosto muito do Lars, considero-o um cineasta talentoso capaz de criar cenas intensas que hipnotizam através de diálogos bem costurados. Algumas cenas, parecem telas vivas, repletas de densidade e de cores escuras febris.

Em Anticristo, seu novo filme, um casal vai à floresta para lidar com o luto da morte do filho.

A sinopse é simples, o filme não é. Confesso que gostaria muito de ser psicanalista para me despir do simples olhar e sentir, para entrar nas ramificações e interpretações que o filme trata metafóricamente.

Está tudo lá: a floresta tratada como Éden, os símbolos ocultos, a natureza tida por maligna, o ser humano com suas limitações e seus desconhecimentos e uma infinidade de sensações não explicitadas que causam aqueles incômodos que não podemos explicar mas que margeiam nossa essência.

Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe estão em perfeita sintonia e chega a ser aterrorizante.

Como escreveu, Nietzsche, em 1888 no livro ANTICRISTO: "Este livro destina-se aos homens mais raros. Talvez nem possa encontrar um único sequer... Só o futuro me pertence. Há homens que nascem póstumos".

Lars Von Trier, deve ser um deles...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O caos reina

http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/?p=3757
Anticristo, Lars Von Trier

Por Marcel Plasse

Feito para chocar, “Anticristo” de Lars von Trier já foi chamado de obra-prima e de lixo pornográfico. O filme promove um mergulho lento e exasperante na loucura, é interpretado sem pudor e dirigido sem qualquer freio moral.

Von Trier concebeu “Anticristo” enquanto lutava contra a própria depressão, projetando imagens a partir de um lugar muito escuro de sua mente. Pornografia, sadomasoquismo, mutilação, violência, repulsa, doença, isolamento, psicose, paranóia, morte, culpa, nojo, náusea. “Anticristo” é um caleidoscópio de sensações desagradáveis.

Inspirado na antipatia que nutre por psicoterapeutas, o diretor dinamarquês elegeu como protagonista um psicólogo arrogante, interpretado por Willem Dafoe, que desaprova o tratamento psiquiátrico de sua esposa, após uma tragédia a deixar em colapso. Achando-se mais capacitado para tratá-la, ele corta os psicotrópicos e a leva para o campo, forçando-a a confrontar suas fobias.

Charlotte Gainsbourg vive a mulher, despindo-se de todas as roupas e toda a vaidade. Obcecada por sexo, ela vai perdendo, pouco a pouco, o controle sobre seus impulsos. Até se fundir com a natureza, virar um arquétipo primitivo, ânima, bruxa, Eva, instinto, irracional.

Ela é também a “mater dolorosa”, a mãe das lágrimas, cujo pesar é tão vasto que não pode ser compreendido pela objetividade e racionalização masculina. Quanto mais o homem tenta entendê-la e controlá-la, mais incontrolável e ininteligível ela se torna.

Francesa, filha de malucos beleza (o cantor Serge Gainsbourg e a atriz Jane Birkin), Charlotte parece não temer nada. Já na adolescência encarou um filme sobre pedofilia, contracenando em cenas complicadas com o próprio pai. Tudo em nome da arte – só mesmo no cinema europeu.

A atriz ganhou a Palma de Ouro, no último Festival de Cannes, pela entrega ao papel. Corajosa, deixou-se fotografar como as estrelas pornôs. Em close-up ginecológico. Magra, abatida, ensangüentada, ela passa a maior parte do filme de bunda de fora, mas nunca de forma sexy.

Mesmo assim, é belamente fotografada. “Anticristo” desconcerta com suas imagens.

Para introduzir a história, von Trier abre o filme em preto-e-branco publicitário, câmera lenta, ao som de uma ária, evocando sexo romântico entre seus dois protagonistas. Então, no meio da cena, insere um inesperado plano pornográfico. Ao mesmo tempo, um bebê engatinha para a morte com a leveza de um anúncio de hidratante.

A partir daí, o sexo deixa de ser atraente. Os corpos muito magros ganham aspecto dolorido, como se fossem se machucar ao menor toque. De repente, as mãos pegam chaves inglesas e tesouras.

Os parâmetros do gênero terror fornecem os elementos cenográficos de “Anticristo”. O enredo usa o clichê mais comum do horror contemporâneo: um casal isolado numa cabana na floresta. Mas o vira do avesso. Sem sustos fáceis, sem um psicopata mascarado, apenas a natureza e dois protagonistas sem nome, que se amam e se violentam, vão do sexo explícito à tortura visceral.

O delírio evolui com evocações de pinturas expressionistas e surrealistas. Algumas cenas possuem referências pictóricas assumidas. Às vezes é apenas um canto da imagem que treme, revelando um flerte com o abstrato. Outras vezes é a natureza viva, rastejante, gosmenta, sangrenta e bizarra, que ocupa a tela de cinema em enquadramentos que parecem pintados pelo cineasta.

O tema dialoga com “Repulsa ao Sexo” (1965), suspense psicológico clássico de Roman Polanski, que também tinha a loucura, a paranóia, o isolamento, imagens abstratas e uma mulher irracional.

Mas “Anticristo” também é alegórico. Seu título faz referência bíblica e embute um subtexto relativo ao pecado original. Um casal na natureza primordial, bichos repelentes atrás de cada árvore e a culpa corroendo as entranhas, transformando o que era bom em algo errado.

Ainda é possível remeter o “Anticristo” à figura do próprio von Trier, numa leitura desaforada e irônica do título. Se o chamavam de misógino por pouco, agora ele oferece muito. Se o consideravam meio louco, agora ele se mostra completo.

Não é um filme fácil, não tem um final perfeito e desafia a moral do público, mas como experiência de imersão dos sentidos é inigualável. “Anticristo” afeta a percepção, mexe com o emocional, causa reações físicas. Suas imagens sombrias deixam as salas de cinema muito mais escuras.

Por seu potencial perturbador, “Anticristo” é uma experiência difícil de ser assimilada, ao mesmo tempo em que inspira discussão. Lars von Trier já tinha intrigado os cinéfilos ao fazer “Dogville” com marcas de giz como cenário, mas, por tudo o que seu novo filme contempla, daqui para frente será mais lembrado por ter realizado “Anticristo”.

Saiba mais: Pipoca Moderna

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um curta...

... da Ana Luiza Azevedo - Casa de Cinema de Porto Alegre


Antônio, um menino de 8 anos, descobre que sua vizinha Cristina, de 80, conta histórias sempre diferentes sobre a sua vida, os nomes de seus parentes e os santos do dia. E Dona Cristina acredita que Antônio pode ajudá-la a recuperar a memória perdida.


Assista aqui, o lúdico: DONA CRISTINA PERDEU A MEMÓRIA


domingo, 6 de setembro de 2009

Eu quero...

adoro Audrey...


Coleção Audrey Hepburn - Lata com 5 Fotos - Exclusivo Saraiva - R$ 79,90

A Princesa e o Plebeu
A Princesa e o Plebeu foi indicado para dez Oscar e Audrey Hepburn levou um deles, vivendo uma princesa moderna, que se rebela contra seus deveres reais, para se aventurar em Roma por conta própria. Ela conhece Gregory Peck, um jornalista americano em busca de uma reportagem exclusiva, que finge não saber a sua verdadeira identidade. Mas sua intenção se desfaz quando eles se apaixonam. Eddie Albert contribui para a diversão, interpretando o fotógrafo de Peck. Dirigida com muito estilo por William Wyler, esta é uma das mais adoráveis comédias românticas de todos os tempos.

Bonequinha de Luxo
Bonequinha de Luxo se afirma como um dos filmes românticos mais refinados de todos os tempos. Audrey Hepburn faz a personagem-título, uma garota de programa que toda vez que se sente deprimida amanhece em frente da vitrini da Tiffany's para tomar café e sonhar com uma vida de rainha.

Guerra e Paz
A obra-prima literária de Leo Tolstoy ganha vida nesta clássico épico, representado pelo talento de alguns dos maiores nomes da época dourada de Hollywood. Estrelando Audrey Hepburn como Natasha, Henry Fonda como Pierre e Mel Ferrer como Príncipe Andrei, Guerra e Paz, indicado ao Oscar, é um impressionante drama sobre um conflito internacional, que mistura aventura espetacular, uma intriga envolvente e um trágico romance no tumultuado cenário da invasão napoleônica na Rússia.

Cinderela em Paris
Neste clássico indicado ao Oscar, Audrey Hepburn e Fred Astaire juntam seus talentos, cantando e dançando neste musical eterno. Quando a importante editora de uma revista de modas (Kay Thompson) e seu principal fotógrafo Dick Avery (Fred Astaire) escolhem uma livraria para sua sessão de fotos, Dick descobre o rosto encantador da balconista e filósofa amadora Jo Stockton (Audrey Hepburn). Em Paris, Jo logo se transforma em top model global... e acaba se apaixonando pelo fotógrafo que foi o primeiro a notar sua face luminosa e divertida. Filmado em locações em Paris, este romântico musical apresenta memoráveis canções de George e Ira Gershwin, incluindo "let's Kiss and Make Up," "How Long Has this been going on?" "He Loves and She Loves"

Sabrina
Sabrina é charmosa, engraçada e brilha como todas as grandes estrelas de Hollywood. Humphrey Bogart, William Holden e Audrey Hepburn vivem esta história de Cinderela, dirigida pelo renomado cineasta Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses, Quanto Mais Quente Melhor). Bogie e Holden são os multimilionários irmãos Larrabee, de Long Island. Bogie só pensa em trabalho e Holden só pensa em se divertir. Mas quando Sabrina, filha do chofer, volta de Paris, adulta e glamurosa, o palco está montado para atritos em família, com os irmãos enfeitiçados pela encantadora Hepburn.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quero um Cadillac...

Assisti o filme Cadillac Records e confesso que ao terminar a vontade era correr para o Youtube pra ver ao vivo (ou quase) as interpretações reais de todos aqueles seres que serviram de referência e foram reverenciados.
O filme retrata a história da gravadora Chess (e eu senti uma certa paixonite pela Adrian Brody que faz o papel de Leonard Chess) , que durante as décadas de 50 e 60 produziu os melhores e mais importantes discos do blues tendo em seu elenco músicos lendários como Muddy Waters (que inspirou os Stones), Willie Dixon, Howlin' Wolf, Chuck Berry, Little Walter e Etta James.

A trilha sonora é imperdível e vale a pena conferir.
Hoje passei o dia todo ouvindo ETTA JAMES , com a chuva torrencial que caia lá fora e com uma vontade de tomar um conhaque (!) pra deixar o mundo desaguar em mim, enquanto eu cantava I'd Rather Go Blind.
Impossível não se deixar tocar, por uma canção assim ... dá até vontade de sofrer junto... de chorar junto, de se acabar...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A cor da romã


Cena do filme “A Cor da Romã” (1968), de Serguey Paranajov, sobre a vida do trovador armênio Sayat Nova.

Sergei Paradjanov (1924-1990) foi um cineasta polêmico apesar dos poucos filmes que dirigiu. Pouco conhecido no Brasil , no filme A Cor do Romã, suprimiu as palavras e fez uma sequência de quadros, imagens e passagens da vida e da obra do trovador armênio Sayat Nova. Toda a sua trajetória , desde a infância até a sua morte é retratada através de seus poemas.

Não narrativo, é um filme que merece atenção, pois a linguagem do sonho que permeia os quadros é quase surrealista e cheia de sombras.

Considerado um cineasta maldito, fez algumas cenas belíssimas de pura poesia.

Eu moraria dentro de algumas sequências assim...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O chapeleiro louco...

Refilmagem de Alice no País das Maravilhas por Tim Burton


Você conhece Alice (aquela do País das Maravilhas) ?
E o Tim Burton (aquele, daqueles filmes, daqueles contos , alguns sombrios, alguns deliciosamente poéticos ) ?
E o Johnny Depp (o moço bonito que já foi Don Juan, que já foi Edward Scissorhands, que já viveu Um Sonho Americano, que jà foi Gilbert Grape, Ed Wood, Donny Brasco, além de Libertino, Sweeney Todd, o noivo da Noiva Cadáver, Pirata do Caribe e tantos outros por tantos filmes que esta lista só se alonga e não termina nunca!) ?
Enfim, se você gosta de apenas uma destas três referências, não pode perder o filme que está vindo por aí.
Aguarde...
"Nesta direção", disse o Gato, girando a pata direita, "mora um Chapeleiro. E nesta direção", apontando com a pata esquerda, "mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser quiser, são ambos loucos."

"Mais eu não ando com loucos", observou Alice.

"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".

"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.

"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá."

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Há Tanto Tempo Que Te Amo



Há Tanto Tempo que te Amo é o típico filme em que o fato de o diretor acumular a função de roteirista propicia imensa sinceridade em cada plano. A aliança entre expressões da imagem com os suspenses da trama cria uma relação de cumplicidade entre nós, os espectadores, e a complicada história de Juliette (Kristin Scott Thomas).

Um filme de ausências e de coisas não-ditas, um jeito bastante conhecido dos franceses fazerem cinema. Priorizar o que não é dito em vez da verborragia dos personagens. A palavra é substituída pelo olhar, as frases dão lugar aos gestos, a presença abre espaço para a ausência. O “sim” é trocado pelo “não”.

Sabemos pouco, muito pouco de Juliette. E não cabe a mim revelar o mistério que você vai descobrir ao assistir a estreia de Philippe Claudel na direção. Dois sentimentos trabalhados logo no início da trama permanecem por todo o filme: o desconforto com o segredo de nossa protagonista e a eterna sensação de outsider, peixe fora d’água que nadou por determinado oceano, foi obrigada a abandoná-lo e, quinze anos depois, percebe que a água segue o mesmo fluxo, com ou sem ela. O jeito é encaixar-se.

Por que ela esteve ausente? Por que sua irmã, Lea (Elsa Zylberstein), ora está próxima, ora mostra-se ressabiada? Por que quando a pequenina P'tit Lys (Lise Ségur) é repreendida todas as vezes que pergunta sobre o passado de Juliette? Por que todos riem quando ela revela a verdade? Por que ela só encontra cumplicidade em outro “peixe fora d’água”, Michel (Laurent Grévill)? Por que todos fingiram que ela não existia?

Há Tanto Tempo que te Amo é uma sucessão de “por quês”. As respostas surgem, aos poucos, para reforçar ainda mais as dúvidas. Pensamos sempre no passo seguinte, na próxima emoção, nas consequências das revelações de Juliette e de que maneira elas afetarão as relações com quem a cerca.

Philippe Claudel pinta sua personagem sem adereços e nos joga em seu mundo de inadequações. O diretor não quer atingir o mental, o raciocínio. Prefere passar pelas afeições e alcançar os sentimentos. E o faz. Quando chegamos ao ápice da emoção, os créditos finais sobem e Claudel encerra, por ora, a nossa relação com o mundo de Juliette.
( crédito: Heitor Augusto )

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sobrando tempo...


Acabou o horário de verão... ao invés de ajustar o relógio, passe na locadora e diga no balcão: NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI.
"Durante vinte anos Helene Hanff (Anne Bancroft), uma escritora americana, se corresponde com Frank Doel (Anthony Hopkins), o gerente de uma livraria especializada em edições raras e esgotadas. Tudo começou pelo fato de Helene adorar livros raros, que não se encontram em Nova York. Só que ela não poderia imaginar que uma carta para uma pequena livraria em Londres, que negocia livros de segunda mão, a levaria a iniciar um correspondência afetuosa com Frank. Neste período uma amizade muito especial surge entre os dois. "

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Com luz e sem ilusão

Sim, li o livro. É claro, não deixaria de lê-lo. Faz tempo, anos, nem me lembro de alguns detalhes. Mas, de outros... parece que li o livro ontem.
Sim, assisti o filme. É claro, sou viciada em lugar escuro, tela gigante e coca-cola (porque suco de soja tem limite, tem que ter).
Do Meirelles ? Eu gosto, também assim... eu gosto. Dos atores convidados ? Ah, ruiva sempre tem mais charme, Julliane Moore, é uma mulher interessante e no papel da esposa, bem, foi legal (já assistiram o Exorcismo de Emily Rose ? então, aquela advogada... não sei não, acho que ela daria uma esposa perfeita...). O médico ? Eu detestei bem antes de vê-lo. Não, ele é um ator de hollywood que é ator em hollywood... é isto. Ah, Mark... sei não, por mim era não, e tava feito. Mas, ele estava bem, pelo seu tamanho, sem fundura, mas é isto aí... o importante é o livro!
Não, não chorei. Vejo todo mundo dizendo que chorou. E eu estou me sentindo estranha, incomodada, até coceira tô sentindo (porque geralmente eu choro até com comercial do Cartoon). Mas, eu não me senti triste, eu não senti vontade de vomitar, eu não senti raiva, eu não senti dor nenhuma. Cega, talvez eu estivesse quando assisti o filme.
Começo a crer que a cegueira ultrapassou o limite da ficção e me tomou de assalto. Claro, não é possível! Eu me comovi mais vendo o Saramago assistindo o filme, do que vendo o filme que fez o Saramago se emocionar.
Fui tomada pela cegueira branca, Borges era ficção, minha cegueira é de verdade.
Devo estar pior do que imagino, achei que estava chata com a literatura, bem vejo que estou ficando péssima com o cinema. Adorei aquela mocinha do filme Juno... quanto a Alice Braga... ai moça bonita , os peitos da Sônia Braga eram mais... perfeitos.
Que chata que sou, que estou. Enquanto todos choram, eu estou aqui, a reclamar de elenco. Dublê Mike (já assistiram o filme do Tarantino que tem este personagem ?). Não, o filme é uma porcaria, mas o dublê Mike... meu deus, o dublê Mike arrasa!
Gael Garcia Bernal... pessoalmente eu gosto muito de moço e acho que estava excelente no papel que lhe coube... "i just call to say... i love you..."
Então, eu acho que o Meirelles acertou quando fez o filme. Quem é que queria, a esta altura da vida, uma adaptação de uma obra do Saramago que fosse melhor que a própria obra ? Eu é que não! Pra mim, Lavoura Arcaica, já me basta e Raduan nem sequer foi arranhado. Filme e livros ótimos: imperdíveis, inesquecíveis e quase inimagináveis.
Ah, quanto ao Ensaio sobre a Cegueira o Meirelles fez um filme redondinho, bonitinho, todo certinho e com ótima solução visual pra tal cegueira. Acertou a mão, negão!
Mas, eu... que me sinto uma pessoa comovível... não chorei...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Cidadão Kane ?

(There Will Be Blood, 2007)
Não,
é só Daniel Day Lewis em
Sangue Negro...
No início do século 20, no Texas, Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), um magnata do petróleo, tenta ensinar ao filho H.W. Plainview (Dillon Freasier) princípios que, na sua visão, considera importantes como família, ambição e riqueza nos negócios. Porém, ele terá de enfrentar o fato de que o filho começa a simpatizar com trabalhadores socialistas e seus ideais.
Gênero: Drama

Elenco: Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Kevin J. O'Connor, Ciarán Hinds, Russell Harvard, Mary Elizabeth Barrett, Kevin Breznahan, Brad Carr, Mark Flanagan, Colleen Foy, Vince Froio.
Dirigido por: Paul Thomas Anderson

The Jane Austen Book Club

O clube de leitura de Jane Austen

Na locadora, parecia bobo. Em casa, causou conflito. Ver ou não ver, eis a questão. Acordei sábado de manhã pra ver. A idéia do clube de leitura me fisgou desde o princípio, sempre quis fazer algo assim. Não performático, cheio de holofotes e de platéia. Mas, algo íntimo, tão pessoal quanto segredo entre amigos.

Nunca li Jane Austen, assisti todos os filmes adaptados, mas nunca senti vontade de ler livros chamados Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, etc, etc. (embora, o Sr Darcy tenha um charme digno de leitura ao pé da cama!)

O filme do clube ganhou o meu respeito pela simplicidade e agora quero ler Jane , conhecer melhor esta inglesa (1775-1817), que segundo os tablóides antigos é quase tão famosa como o grande mestre Shakespeare.

Não é filme para eternidade, longe disto, sessão pipoca é perfeito. Sem pirotecnias, sem grandes dramas reais, sem grandes astros. A idéia sim , é a grande sacada do filme: um clube de amigos que se debruçam sobre determinado autor.

Não é filme de grandes atuações e vale o crédito pelos personagens leves. Para mim, serviu de apontamento para buscar um pouco mais de Austen, descobrir seus personagens escritos e os sentimentos neles contidos.

Quem quiser formar um Clube de Leituras, é so me chamar que eu vou.

ps.detalhe para o belo figurino da professora de línguas Prudie (Emily Blunt). Irresistivelmente delicado, sereno e elegante (quero pra mim!)

Elenco: Emily Blunt, Hugh Dancy, Maria Bello, Kevin Zegers, Maggie Grace, Amy Brenneman, Nancy Travis, Marc Blucas, Kathy Baker.
Direção: Robin Swicord
Gênero: Drama
Sinopse: Hoje em dia, o interior da Califórnia pode estar bem distante da regência inglesa, mas algumas coisas nunca mudam. Nós continuamos um tanto preocupados com as complexidades do casamento, da amizade, relacionamentos românticos, posição e boas maneiras e muito mais assim como foi Jane Austen em meados de 1800. O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN revela a vida de um grupo de amigas nos tempos de hoje através do mordaz ponto de vista de sua heroína literária.Seis membros do clube do livro, seis livros de Austen, seis histórias entrelaçadas durante seis meses no moderno e ocupado cenário de Sacramento, onde a cidade e o relaxado subúrbio encontram a beleza natural. Enquanto as histórias contemporâneas nunca tenham sido parecidas com as de Austen, as cinco personagens encontram semelhanças, prognósticos, sabedoria e conselhos sobre suas próprias trajetórias em meio as narrativas de Austen.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Cavaleiro das Trevas

The Dark Knight - em SP, na estréia, Jardim Sul - 18/07/2008

Menino ou menina, não tenha medo do Morcego (nem do Coringa). Corra pro cinema mais perto e ouça o que o(s) mascarado(s) tem pra dizer. Conto dos bons que nem te conto.

Bruce Wayne ainda tem charme e uma capa que seduz. E, Heath Ledger agora será eterno como o psicopata Senhor Coringa. Se alguém na fila cantar a musiquinha "a mocinha morre no final, quem matou foi o bandido!" , duvide. Afinal, o Duas Caras garante, só a gente escolhe nosso destino.
O coringa está de matar.
Vá sem medo e prepare-se para ver o circo pegar fogo. Afinal, nem todos estão atrás do dinheiro. Algumas pessoas, querem apenas ... se divertir.
Tá esperando o quê ? Corre pra ver!
* * *
Ficha Técnica

Título Original: The Dark Knight (EUA, 2008)
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Eric Roberts, Anthony Michael Hall, Nestor Carbonell, Melinda McGraw, William Fichtner, Nathan Gamble.