sábado, 5 de junho de 2010
Moça de tela na janela
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Apague a luz
numa sexta enforcada pós feriado
"Eu simplesmente não sei o que fazer comigo mesmo"
mas imaginar ser a Kate Moss por uma noite (ou várias)
eu queria, seria... intensamente...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
No intervalo...
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Fragmentos
Detalhe:
Anjo da meia noite, traz aqui uma asa pra eu voar,traz aqui uma chama para me acender, traz aqui um fogo pra me queimar. as palavras parecem estar frias, anjo torto, o personagem está vivo, mas a história não quer nascer. vou desmantelar as palavras, por favor - mon amour, não se revolva no túmulo, tem luz lá fora, só falta o verbo criar , eu me soltar , pra que tudo aconteça.
Anjo Torto
Moço morto no ano que nasci. Anjo torto que ligou o gás e apagou a luz. Dono de escrita escura. Daquelas que nos assombram com verdades quase impossíveis. Era todo ele, música, letra e fúria. Às vezes, procuro-o no espelho. Mas, há sombras demais ao meu redor...
no trópico pop
no galope e no trote
há Torquato pra todo lado
Semana para pensamento mais fundo, mais longe do que minhas mãos escavam.
sábado, 31 de maio de 2008
Se...
coletânea pessoal, Entrenoites, Sônia Alves Dias.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Jorge da Capadócia

Quando eu conheci meu Pai, ao nascer, ele já era protegido de São Jorge. Tinha na carteira uma oração antiga, escrita à mão num papel já puído onde dizia que armas de fogo não o alcançariam e com as vestes de São Jorge ele andaria.
Era uma oração bonita que nos fazia acreditar que proteção maior não havia, e que a vida do meu Pai nas mãos de São Jorge sempre estaria.
Estávamos certos. Na proteção de São Jorge meu Pai sempre viveu, e no dia da sua morte, a lua do céu desceu. Que não creiam os céticos, nem eu pediria, se eu não tivesse visto, nem mesmo eu acreditaria. Mas, cantando e chorando naquela madrugada fria , Jorge da Capadócia, parecia nossa salve rainha. Pude ver um dragão no céu, e tenho certeza que na lua meu pai estava, sentado no cavalo protegido por São Jorge e nos acenando que em paz ficaria.
A oração que meu Pai carregava e que nos deixou, dizia assim:
"Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós. "
domingo, 13 de abril de 2008
O Carteiro e o Poeta

Gil de Sêo Loro, é escritor, mesmo sem nunca ter publicado nada. Há 18 anos recebe minhas cartas sem datas e me manda cartas manuscritas ou d-a-t-i-l-o-g-r-a-f-a-d-a-s.
Nele, falta a coragem de pegar os livros prontos, as poesias que lhe devoraram (a alma) e (os dias) [ e (foram muitas) e (foram muitos) ] e despachar tudo para o além de Monte Mor.
Enquanto ele não voa, corto minhas asas todos os meses e mando junto com casulos pelo correio.
É carente e pedinte de letras alheias, quem quiser escrever: escreva-lhe.