Coloque um vídeo dos Barbixas no seu blog e ganhe dois ingressos para o espetáculo "Em Breves"! Se demorar pra postar, em breves você terá que pagar. Mas, o importante é não deixar de ir, porque pra rir assim, só na Santa Ceia e, como a Santa Ceia é coisa do passado e você nem era nascida acredito que há Coisos melhor pra fazer Em Breves.dessa playlist no seu blog, manda um email pros Barbixas (contato@barbixas.com.br) e vira automaticamente um par de vasos, quer dizer de convidado, para assistir o espetáculo "Em Breves" no Teatro Jaraguá. Viu ? Nem precisa de carnê, comprovante de residência e de renda! Postou, ganhou.
Se você tem um tem um blog, deixe ele pagar a conta. O regulamento pra ganhar os ingressos é o seguinte: você "posta" pelo menos um dos vídeos
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Cia Barbixas do Humor
terça-feira, 29 de julho de 2008
Macalé, Pazé e Torquato entre dentes.
O Macalé e o Paulo José (pra quem só conhece o ator global das últimas décadas , tipo eu com Shazan ou sei lá qual era o nome do personagem que não me lembro mais mesmo), foi um dos grandes vanguardeiros teatrais e cinematográficos dos anos 70. E, Torquato berrando em palavras: "Quem não arrisca não pode berrar. Leve um homem e um boi ao matadouro. Aquele que berrar mais na hora do perigo é o homem. Mesmo que seja o boi."
domingo, 27 de julho de 2008
Os Últimos Dias de Paupéria (I)
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim
Geração em Transe
"Torquato Neto foi um dos principais personagens da revolução que mudou os rumos da cultura brasileira, os anos sessenta, junto com Glauber Rocha, Caetano Veloso, José Celso Martinez Correa, Gilberto Gil, Rogério Duarte e outros da mesma estirpe. Torquato Neto foi também um herói romântico típico, fadado a morrer ainda jovem, como James Dean, Jimi Hendrix, Janis Joplin ou Jim Morrison. Era um poeta sensível e inconformado, um polemista inteligente e corajoso e uma das figuras mais carismáticas de sua geração. Nativo do signo de Escorpião, havia algo de noturno, complexo, aparentemente insondável em sua personalidade. Com acuidade e perspicácia, Toninho Vaz sondou essa personalidade fascinante no contexto histórico e cultural em que ela se desenvolveu. Seu livro nos oferece não só um retrato de corpo inteiro desse excepcional artista quando jovem mas também uma visão justa do espírito libertário que animou toda a sua geração. A experiência de Torquato é típica, exemplar e, portanto, esclarecedora. Em conseqüência, esta é uma obra fundamental para o estudo dessa geração de artistas brasileiros, na segunda metade do século XX. São cada vez mais numerosas as teses universitárias que tomam por tema seu movimento não apenas estético, mas existencial. Pra mim, chega vem se juntar a Os Últimos Dias de Paupéria, do próprio Torquato, Verdade Tropical, de Caetano, ou o Tropicaos, de Rogério Duarte, como um dos documentos essenciais para compreensão do que aconteceu com a geração em transe na sua juventude". (Luiz Carlos Maciel)
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Fragmentos
Detalhe:
Anjo da meia noite, traz aqui uma asa pra eu voar,traz aqui uma chama para me acender, traz aqui um fogo pra me queimar. as palavras parecem estar frias, anjo torto, o personagem está vivo, mas a história não quer nascer. vou desmantelar as palavras, por favor - mon amour, não se revolva no túmulo, tem luz lá fora, só falta o verbo criar , eu me soltar , pra que tudo aconteça.
Anjo Torto
Moço morto no ano que nasci. Anjo torto que ligou o gás e apagou a luz. Dono de escrita escura. Daquelas que nos assombram com verdades quase impossíveis. Era todo ele, música, letra e fúria. Às vezes, procuro-o no espelho. Mas, há sombras demais ao meu redor...
no trópico pop
no galope e no trote
há Torquato pra todo lado
Semana para pensamento mais fundo, mais longe do que minhas mãos escavam.
Todo mundo está lendo
* * *
Lá pras bandas das Europas, o blog El hueco del viernes está fazendo uma campanha para juntar 1000 blogs de língua espanhola que falem sobre literatura.
Nome e endereço do blog:
Quando atingirmos 200 comentários, eu faço o PDF e disponibilizo junto com um selinho “Eu sou um blog Literário”. O que você ganha com isso? Primeiro que esses PDFs costumam circular bastante pela internet, por isso é certo que vai ganhar umas quantas visitas através dele. Segundo que você vai conhecer vários blogs sobre o seu assunto, e aí vem aquela coisa de linkar, de comentar e por aí vai.
Cartas sobre a mesa
O tempo, esta coisa estranha que nos rodeia.
Delicatessen
Hilda Hilst
Texto extraído do jornal “Correio Popular”, de Campinas-SP, edição de 01/03/1993.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Dindinha
Morena de olhos vivos e boca viva, vinho tinto seco. De túnica - terra sobre terra - e pequeno grampo nos cabelos cheios. Nos pés nús, sandália verde de plástico e couro, lembrando melissa antiga. Nas mãos, um violão e vários "deixa eu começar primeiro" o que Dante no paraíso, sempre deixava...
Ceumar chegou assim neste pocket-show, para mim.
Toda faceira, toda cheia de estalos no dedo, toda cheia de dengo e de pisca-pisca nos cílios alongados. Toda armada com seu cabelo frisson, toda clara, toda abraço, toda enlace, toda inha. Dindinha. Achou!
Dante quieto, estava escrito nas letras em tantas parcerias com Tatit que até perdi as contas. De Baleiro, que eu tanto gosto, uma canção com muito futebol que não gostei muito não. De Chico César, uma saia linda azul diamantina pra vestir com blusa de flor em qualquer Minas (bem bonita Ceumar ficou dentro dela). De abraços e de bruxarias, esta feiticeira torceu o nariz e fez mandingas. Nós, público enfeitiçado, apenas ouvíamos os graves e agudos de sua delicada voz. Dante, tímido e dominado pelo menear de cabeça da musa, acompanhava a passarinha sem a perder de vista. Dante, ligeiro, era caçador de letras em tons sobre tons.
E ali, na segunda fila, eu cantarolava baixinho...
"O seu olhar lá fora...O seu olhar no céu...O seu olhar demora...O seu olhar no meu...O seu olhar, seu olhar melhora...Melhora o meu...Onde a brasa mora e devora o breu...Como a chuva molha o que se escondeu...O seu olhar, seu olhar melhora, melhora o meu...O seu olhar agora, o seu olhar nasceu, o seu olhar me olha, o seu olhar é seu...O seu olhar, seu olhar melhora, melhora o meu... "
Composição: Arnaldo Antunes/Tatit
Cidadão Kane ?
é só Daniel Day Lewis em
Sangue Negro...
Dirigido por: Paul Thomas Anderson
The Jane Austen Book Club
Na locadora, parecia bobo. Em casa, causou conflito. Ver ou não ver, eis a questão. Acordei sábado de manhã pra ver. A idéia do clube de leitura me fisgou desde o princípio, sempre quis fazer algo assim. Não performático, cheio de holofotes e de platéia. Mas, algo íntimo, tão pessoal quanto segredo entre amigos.
Nunca li Jane Austen, assisti todos os filmes adaptados, mas nunca senti vontade de ler livros chamados Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, etc, etc. (embora, o Sr Darcy tenha um charme digno de leitura ao pé da cama!)
O filme do clube ganhou o meu respeito pela simplicidade e agora quero ler Jane , conhecer melhor esta inglesa (1775-1817), que segundo os tablóides antigos é quase tão famosa como o grande mestre Shakespeare.
Não é filme para eternidade, longe disto, sessão pipoca é perfeito. Sem pirotecnias, sem grandes dramas reais, sem grandes astros. A idéia sim , é a grande sacada do filme: um clube de amigos que se debruçam sobre determinado autor.
Não é filme de grandes atuações e vale o crédito pelos personagens leves. Para mim, serviu de apontamento para buscar um pouco mais de Austen, descobrir seus personagens escritos e os sentimentos neles contidos.
Quem quiser formar um Clube de Leituras, é so me chamar que eu vou.
ps.detalhe para o belo figurino da professora de línguas Prudie (Emily Blunt). Irresistivelmente delicado, sereno e elegante (quero pra mim!)
Elenco: Emily Blunt, Hugh Dancy, Maria Bello, Kevin Zegers, Maggie Grace, Amy Brenneman, Nancy Travis, Marc Blucas, Kathy Baker.
Direção: Robin Swicord
Gênero: Drama
Sinopse: Hoje em dia, o interior da Califórnia pode estar bem distante da regência inglesa, mas algumas coisas nunca mudam. Nós continuamos um tanto preocupados com as complexidades do casamento, da amizade, relacionamentos românticos, posição e boas maneiras e muito mais assim como foi Jane Austen em meados de 1800. O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN revela a vida de um grupo de amigas nos tempos de hoje através do mordaz ponto de vista de sua heroína literária.Seis membros do clube do livro, seis livros de Austen, seis histórias entrelaçadas durante seis meses no moderno e ocupado cenário de Sacramento, onde a cidade e o relaxado subúrbio encontram a beleza natural. Enquanto as histórias contemporâneas nunca tenham sido parecidas com as de Austen, as cinco personagens encontram semelhanças, prognósticos, sabedoria e conselhos sobre suas próprias trajetórias em meio as narrativas de Austen.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Capriche e Relaxe
O Haicai chegou no Brasil no início do século 20. É um poema clássico de origem japonesa que obedece quatro regras:
a noite
me pinga uma estrela no olho
e passa
(Paulo Leminski no livro Caprichos e Relaxos)
Sesi Vila Leopoldina - De 04/08 a 08/08
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O Cavaleiro das Trevas
Ficha Técnica
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Maggie Gyllenhaal, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Morgan Freeman, Eric Roberts, Anthony Michael Hall, Nestor Carbonell, Melinda McGraw, William Fichtner, Nathan Gamble.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Pra que discutir com Madame
Exposição (50 anos) Bossa na Oca - 13/07/2008 - Patrocínio Itaú Cultural
Uma sala de silêncio. Eu e ele frente à frente. Do lado de fora, muita gente. Fila de evento é solução certeira, curiosidades arteiras. O tal do espaço do silêncio tinha nome estranho: câmara anecóica. Segundo dito, dá pra ouvir até as batidas do próprio coração. Preferi porém abrir a boca, deixar pingar olho no olho, tentar ouvir o arrupiar da pele.
Na Oca, o silêncio, era a sala mais bossa.
Mas, na "caixa" sozinha, não senti muito bem a sensibilidade do João Gilberto, como imaginou o curador. Em 30 segundos dá tempo de pensar num milhão de coisas. De buscar canções no "inconsciente", de ver flashes de antigamente, de tentar criar uma estória. E, o silêncio fica um pouco pra depois...
My funny valentine num rodapé, Chet Baker me olhando de viés, Bardot exuberante eternizada numa lente estrangeira, Maysa na fossa toda nossa, "um homem que diz, vai, não vai" ecoava ao meu redor sob a linha do meu equador, vinil estampado, poucos achados.
Claro que muito gosto de jãos e tons, mas a megaexposição que mapeia os dedilhados da bossa, parecia frágil.
Vinícius com certeza não gostaria de ali estar, saravá! E Tom muito elegante, diria "este frio não, por favor, tragam mais calor!". João vaiaria repetindo "vaia de bêbado não vale" tragam o Cão do Vinícius engarrafado! E, Toquinho, numa aquarela... descoloriria.
terça-feira, 15 de julho de 2008
sábado, 12 de julho de 2008
O Muro
"- E agora ?
O quê ?
Foi um interrogatório ou um julgamento ?
Julgamento – respondeu o guarda.
E então ? O que eles vão fazer de nós ?
O guarda respondeu secamente:
Vocês receberão a sentença nas celas. "
Jean Paul Sartre - O Muro
Quando comprei este livro (O Muro) eu nunca havia lido Sartre realmente. Já havia passado por fragmentos, contextos históricos e outras anotações de cabeceira, mas ler mesmo com vontade de guardar alguma coisa só pra mim, não havia lido não. Frágil na época, eu queria um texto forte que me desse um soco no estômago, que me causasse estranheza e me fizesse parir alguma idéia nova pra viver. Sentia necessidade de reagir mais fortemente contra a dor da inexistência que esmagava meu coração, achei que Sartre poderia me dar isto...
Num primeiro instante, eu senti na pele os horrores de Steinbock, Ibbieta e Mirbal. Eu conhecia aquela noite (todos foram condenados a morte e aguardavam a execução numa cela sombria diante da presença de um médico que poderia até não existir... não houvera interrogatório, foram julgados-culpados). Sim, eu conhecia aquele medo, o frio, o desespero, o fim. Chance nenhuma de defesa.
Nesta hora a cabeça não para de pensar, tudo atropeladamente, de forma desordenada e sadicamente. A dor é grande, angustiante, cansativa e terrivelmente voraz. Toma conta do dedão do pé ao último fio de cabelo...
Na época, Sartre me surpreendeu.
O Fim é algo que eu não esperava.
Sorri bobamente ao fechar o livro, Kafka ainda era meu grande herói...
sábado, 5 de julho de 2008
Betty Blue Nude
BETTY BLUE (CINCO CENAS)
I
Piano, tarântula;
punho ferido
e o globo ocular
pelo desmanche
da memória.
II
(Ofélia descentrada,
banha-se em prata
de céu abortado.)
III
Paraíso clorofórmio:
inscrever o exílio
dos lábios na pele,
metalizada e muda.
IV
(Flashback)
Nereida meretriz
na gravata epitáfio;
tufos de barba
da morta madre,
como um presságio.
V
(Finale):
Ele travestiu-se
para a foice de Perséfone,
após domar a dor.
Repousa agora
o olho único da inquieta.
(Claudio Daniel, 2005)
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Cartas a um jovem poeta (1)
Leio porque... ainda que Kappus fosse versador ruim, Rilke era um missivista dos bons e a carta primeira já mostra a delicadeza e a simplicidade verdadeira do poeta angustiado e inadaptado que era. Escritor russo, amigo de Cézanne e do escultor Rodin, existencialista em mim, parceiro de nankim.
"PRIMEIRA CARTA"