Exposição (50 anos) Bossa na Oca - 13/07/2008 - Patrocínio Itaú Cultural
Uma sala de silêncio. Eu e ele frente à frente. Do lado de fora, muita gente. Fila de evento é solução certeira, curiosidades arteiras. O tal do espaço do silêncio tinha nome estranho: câmara anecóica. Segundo dito, dá pra ouvir até as batidas do próprio coração. Preferi porém abrir a boca, deixar pingar olho no olho, tentar ouvir o arrupiar da pele.
Na Oca, o silêncio, era a sala mais bossa.
Mas, na "caixa" sozinha, não senti muito bem a sensibilidade do João Gilberto, como imaginou o curador. Em 30 segundos dá tempo de pensar num milhão de coisas. De buscar canções no "inconsciente", de ver flashes de antigamente, de tentar criar uma estória. E, o silêncio fica um pouco pra depois...
My funny valentine num rodapé, Chet Baker me olhando de viés, Bardot exuberante eternizada numa lente estrangeira, Maysa na fossa toda nossa, "um homem que diz, vai, não vai" ecoava ao meu redor sob a linha do meu equador, vinil estampado, poucos achados.
Claro que muito gosto de jãos e tons, mas a megaexposição que mapeia os dedilhados da bossa, parecia frágil.
Vinícius com certeza não gostaria de ali estar, saravá! E Tom muito elegante, diria "este frio não, por favor, tragam mais calor!". João vaiaria repetindo "vaia de bêbado não vale" tragam o Cão do Vinícius engarrafado! E, Toquinho, numa aquarela... descoloriria.
2 comentários:
Olá SONIA, Também fui na mostra e achei conturbada e um pouco distante do que imaginava. Mas sempre vale a pena ir né ? Um abraço, Martha.
Oi. Voce já foi na exposição que tá Bienal ? Vamos juntas ? Fabi.
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