domingo, 27 de fevereiro de 2011

Labirinto literário

Foto arquivo pessoal: uma sexta à tarde na Martins Fontes

Eu adoro labirintos e coisas deste tipo: AQUI

Os dez mais, por Moacyr Scliar


“O Alienista” - Machado de Assis
“A Metamorfose” - Franz Kafka
“ O Exército de Cavalaria” - Isaac Babel
“Laços de Família” - Clarice Lispector
“Caminhos Cruzados” - Érico Veríssimo
“A Educação pela Pedra” - João Cabral de Melo Neto
“Macbeth” -  William Shakespeare
“Alice no País das Maravilhas” - Lewis Carroll
“Contos Gauchescos e Lendas do Sul” - J. Simões Lopes Neto
“Tenda dos Milagres” -  Jorge Amado

Chá de cadeira


Quem atravessa pelo subsolo para chegar ao Cine Belas Artes (na Consolação) conhece esta cadeira de longa data. 

Ela fica ali, no meio, no vazio, num convite mudo, reticente.

A gente senta no chão, senta nas escadas, mas na cadeira... não.


CERIMÔNIA DO CHÁ

Ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silêncio
comigo.

Ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo.

PAULO LEMINSKI


and the Oscar goes to...


Sinceramente, o Oscar não nos diz muitas coisas, e este ano está fraco... muito fraco. Não há na lista, nenhum filme imperdível, inesquecível ou inimaginável!


Indicados ao 83º Oscar:

Melhor Filme
Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
Minhas Mães e Meu Pai
O Discurso do Rei
127 Horas
A Rede Social
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor Diretor
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
David O. Russel (O Vencedor)
Tom Hooper (O Discurso do Rei)
David Fincher (A Rede Social)
Ethan e Joel Coen (Bravura Indômita)

Melhor Ator
Javier Bardem, por Biutiful
Jeff Bridges, por Bravura Indômita
Jesse Eisenberg, por A Rede Social
Colin Firth, por O Discurso do Rei
James Franco, por 127 Horas

Melhor Atriz
Annette Bening, por MInhas Mães e Meu Pai
Nicole Kidman, por Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence, por Inverno da Alma
Natalie Portman, por Cisne Negro
Michelle Williams, por Blue Valentine

Melhor Ator Coadjuvante
Christian Bale, por O Vencedor
John Hawkes, por Inverno da Alma
Jeremy Reener, por Atração Perigosa
Mark Ruffalo, por Minhas Mães e Meu Pai
Geoffrey Rush, por O Discurso do Rei

Melhor Atriz Coadjuvante
Amy Adams, por O Vencedor
Helena Bonham Carter, por O Discurso do Rei
Melissa Leo, por O Vencedor
Hailee Steinfeld, por Bravura Indômita
Jackie Weaver, por Reino Animal

Melhor Roteiro Original
Another Year - Mike Leigh
O Vencedor - Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson)
A Origem - Christopher Nolan
MInhas Mães e Meu Pai - Lisa Cholodenko
O Discurso do Rei - David Seidler

Melhor Roteiro Adaptado
A Rede Social - Aaron Sorkin
127 Horas - Danny Boyle e Simon Beaufoy
Toy Story 3 - Michael Arndt, John Lasseter, Andrew Stanton e Lee Unkrich
Bravura Indômita - Ethan e Joel Coen
Inverno da Alma - Debra Granik e Anne Rosellini

Melhor Filme Estrangeiro
Biutiful - México
Fora da Lei - Argélia
Dente Canino - Grécia
Incendies - Canadá
Em um Mundo Melhor - Dinamarca

Melhor Animação
Como Treinar o Seu Dragão
Toy Story 3
O Mágico

Melhor Fotografia
Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhor Direção de Arte
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

Melhor Trilha Sonora
Alexandre Desplat - O Discurso do Rei
John Powell - Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman - 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social
Hans Zimmer - A Origem

Melhor Documentário
Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo

Melhor Documentário (curta-metragem)
Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang

Melhor Canção Original
Coming Home - Country Strong
I See the Light - Enrolados
If I Rise - 127 Horas
We Belong Together - Toy Story 3

Melhor Curta-Metragem
The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143

Melhor Animação em Curta-Metragem
Dia & Noite
The Gruffalo
Let's Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor Maquiagem
O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor

Melhor Edição de Som
A Origem
Toy Story 3
Tron - O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhor Mixagem de Som
A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt

Melhor Efeito Visual
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor Figurino
Alice no País das Maravilhas - Colleen Atwood
Eu sou o Amor - Antonella Cannarozzi
O Discurso do Rei - Jenny Beavan
The Tempest - Sandy Powell
Bravura Indômita - Mary Zophres

Melhor Edição
Cisne Negro - Andrew Weisblum
O Vencedor - Pamela Martin
O Discurso do Rei - Tariq Anwar
127 Horas - Jon Harris
A Rede Social - Angus Wall e Kirk Baxter

Cenas da vida minúscula


Saiu hoje no Jornal Zero Hora , de Porto Alegre , às 02:20hs.

Literatura brasileira perde um mestre: Moacyr Scliar morre aos 73 anos



Eu não era fã do Moacyr, nem posso dizer que gostava de um único livro, nem posso contar que li alguns, nem me entristecer a ponto de doer. Fará falta, para os que o amaram, com certeza. Para a família, com certeza, será imortal. Para mim, partiu Moacyr Scliar.

Ser um escritor não é necessariamente gostar de escrever — alguns nem gostam, dado o quanto sofrem na construção de um texto.


Com Moacyr Scliar, morto à 1h deste domingo por falência múltipla de órgãos devido às consequências de um acidente vascular cerebral (AVC), acontecia o contrário. Poucos escritores terão gostado tanto de escrever — e terão demonstrado tanta facilidade em fazer isso.

Aos 73 anos, o porto-alegrense Moacyr Jaime Scliar havia construído uma obra sólida, com mais de um livro publicado para cada ano de vida, em uma ampla gama de gêneros: contos, romances, literatura infanto-juvenil, ensaios. Além disso, era colunista frequente de uma dezena de publicações, de jornais diários como Zero Hora e Folha de S. Paulo a revistas técnicas. Escrevia em qualquer lugar a qualquer hora, auxiliado pela tecnologia – jamais viajava sem seu laptop. Tal dedicação à palavra e ao ofício que exercia com evidente prazer transformaram Scliar em um dos autores mais respeitados do Brasil.

Scliar morreu no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde estava internado desde 11 de janeiro. O escritor havia sido admitido no hospital para a retirada de pólipos (formações benignas) no intestino. A cirurgia, simples, havia transcorrido sem complicações. Scliar já se recuperava quando sofreu um AVC – obstrução de uma artéria que irriga o cérebro – de extrema gravidade.

Scliar nasceu em 1937, no bairro judaico do Bom Fim, em Porto Alegre, filho de José e Sara Scliar – a mãe, professora primária, seria a grande responsável pela paixão do escritor pelas letras: foi ela quem o alfabetizou. Formado médico sanitarista pela UFRGS, ingressou na profissão em 1962. Casado com Judith, professora, e pai do fotógrafo Roberto, Scliar havia também passado pela experiência de professor visitante em universidades estrangeiras e tinha obras traduzidas em uma dezena de idiomas, entre elas o russo e o hebraico. O trabalho como médico de saúde pública seria crucial na vida e na obra de Scliar – seu primeiro livro, publicado em 1962, foi uma coletânea de contos inspirados pela prática médica, Histórias de Médico em Formação, volume que mais tarde Scliar excluiria de sua bibliografia oficial por considerá-lo a obra prematura de um autor que ainda não estava pronto.

Nos seus livros seguintes, Scliar jamais se permitiria outra publicação prematura. Do mesmo modo como escrevia com velocidade e prazer, Scliar também revisava obsessivamente o próprio texto, a ponto de às vezes reescrever uma obra do zero por ter encontrado um ponto de vista narrativo mais adequado.

— Se o escritor não tiver prazer escrevendo, o leitor também não terá — comentou em uma entrevista concedida quando completou 70 anos, em 2007

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Querido Calvin


Um pequeno mundo


Sem tempo, mas querendo muito descobrir a obra do Enrique Vila-Matas, talvez comece por aqui...


“Seu querido Duchamp planeja um ensaio sobre a miniaturização como um dispositivo de fantasia. Trata-se de um texto que parece ter sido concebido como continuação de um velho projeto de escrever sobre ‘A nova Melusina’ de Goethe (em Wilhelm Meister), que fala de um homem apaixonado por alguém que é, na realidade, uma pessoa diminuta a que temporariamente foi concedida uma estatura normal e que, sem saber, carrega consigo uma caixa contendo o reino em miniatura do qual ela mesma é a princesa. No conto de Goethe o mundo fica reduzido a algo colecionável, um objeto no sentido mais literal. Assim como a caixa no conto de Goethe, um livro não é apenas um fragmento do mundo, mas um pequeno mundo em si mesmo. É como se, para Duchamp, o livro fosse uma miniaturização do mundo que o leitor habita.”

Roseisa

Rosa para Gertrude, Augusto de Campos

Os dez mais, por Milton Hatoum


"Grande Sertão: Veredas" – Guimarães Rosa
"Claro Enigma" – Carlos Drummond de Andrade
"Poemas" – Konstantin Kaváfis.
"Coração das Trevas"  - Joseph Conrad
"A Educação Sentimental" – Gustave Flaubert
"Luz em Agosto" – William Faulkner
"Infância" - Graciliano Ramos
"Dublinenses" – James Joyce
"Ilusões Perdidas" – Balzac
"O Processo" – Franz Kafka


Pessoa



Agora a biblioteca particular do Fernando Pessoa está disponível on-line . São 1142 volumes, de todos os géneros e em vários idiomas, densamente anotados e manuscritos. 

Vou morar lá por um tempo, tenho certeza!

Entre, visite, explore: AQUI

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The Fighter

Eu tenho mania de, antes de assistir um filme, prever uma nota para ele.

Fui assistir o filme O Vencedor e tasquei um 9 na cabeça, já com o pensamento de que poderia elevá-lo à um 9,5 (10 eu não daria, tinha certeza... só os imperdíveis, inesquecíveis e inimagináveis alcançam essa classificação na minha visão frente à película mágica do cinema).

Conforme o filme corria, eu ficava esperando o meu 9 se manter... "vencedor,  eu quero um 9 pra você... se mostra filme... me mostra... aparece!" 


Eu torci desesperadamente. Torci pelo Dicky (porque era por ele que eu torcia!) o tempo todo. Mas, queria que ele fosse o Rocky Balboa , eu acho... que quando terminava o filme (nos anos 80) a gente estava lá com a maquiagem toda borrada chorando junto com aquela música na cabeça... e passava dias falando do filme, passava horas comentando a cena, revendo as falas, e eu era menina... imagina se menino fosse!

Eu, talvez, possa culpar o irmão "Mick" Mark Wahlberg,  bom moço, mas que não te agarra e te arrasta pro filme no grito "vem comigo, luta comigo, ganha comigo!" ...  talvez eu pudesse culpar a mãe (super-hiper-over), mas não... a mãe foi boa demais naquela neura toda dela...  talvez a namoradinha nervosa com sangue nos olhos eu-vou-te-fazer-ganhar, mas não... ela fez a parte dela. Todos fizeram sua parte, mas as partes, não me causaram arrepios da cabeça aos pés e eu fiquei lá no cinema, agarrada no marido, esperando o momento de explodir junto.

Eu adorei o Christian Bale, como o viciado Dicky que tinha tudo pra ser uma lenda do boxe, mas falhou. O filme, é baseado na história real de Mickey "Irish"Ward, o irmão de Dicky. E, numa cena, onde Dicky desnorteado pelas drogas entra no carro e começa a cantar, com uma tristeza tão profunda, uma canção que me deu vontade de chorar... eu me senti congelada e pensei... "você ganhou moço, vai fazer valer o meu 9,  o filme valerá um 9, eu tinha certeza!"



Mas, não foi assim. Apesar dos momentos sublimes do Christian "Dicky" Bale (principalmente na cena da luta onde ele caminha com o irmão para o ringue e o toque dele na cabeça repetidas vezes me faz ter uma sensação incrível de que bons atores precisam do mínimo para serem o máximo) os 115 minutos não foram suficientes para vitória.

Fiquei esperando um nocaute espetacular e a luta foi ganha por pontos técnicos.

Mas, esta cena, valeu meu 9, com certeza!

O filme é bom, mas não passa da nota 8,5.
Pra mim, ainda está no 8.



I Started A Joke

I started a joke,
Which started the whole world crying,
But I didn't see that the joke was on me, oh no.

I started to cry,
Which started the whole world laughing,
Oh, if I'd only seen that the joke was on me.

I looked at the skies,
Running my hands over my eyes,
and I fell out of bed,
Hurting my head from things that I'd said.

Til I finally died,
Which started the whole world living,
Oh, if I'd only seen that the joke was on me.

I looked at the skies,
Running my hands over my eyes,
And I fell out of bed,
Hurting my head from things that I'd said.

'Til I finally died,
Which started the whole world living,
Oh, if I'd only seen that the joke was one me

Comecei Uma Piada

Comecei uma piada
Que fez todo mundo chorar
Mas eu não vi que a piada era sobre mim

Comecei a chorar
O que fez todo mundo rir
Mas eu não vi que a piada era sobre mim...

Eu olhei para os céus,
Passando as mãos em meus olhos
Então caí da cama,
Ferindo a cabeça com coisas que disse

Até que finalmente morri,
O que fez todo mundo viver
Mas se eu tivesse percebido que a piada era sobre mim...

Eu olhei para os céus,
Passando as mãos em meus olhos
Então caí da cama,
Ferindo a cabeça com coisas que disse

Até que eu finalmente morri,
O que fez todo mundo viver
Mas eu não vi que a piada era sobre mim...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Painel das Letras


Julgue pelas capas

por Josélia Aguiar  jornalista, especializada na cobertura de livros. Assina a coluna "Painel das Letras", publicada aos sábados no caderno Ilustrada ) 


Descobri o divertido "Judge a Book by its Cover" (visite aqui, em inglês) faz um tempinho. O dono do blog é funcionário de uma biblioteca pública americana e passa o dia vendo livros esquisitíssimos pela frente. Como este aqui, com dicas para você se tornar um cara legal e popular:

Como já adianta no nome do blog, o bibliotecário explica que você deve, sim, julgar um livro pela capa: o título, a imagem, o design, enfim, quase sempre denunciam o péssimo gosto ou a ideia abstrusa que movem autor e editor. Em resumo, são livros que parecem tratar o leitor como se bobo fosse.

No blog de Almir de Freitas, encontro agora outro compêndio de obras estapafúrdias, recolhidas por um britânico em "Odd Books" (visite aqui, em inglês). Almir preparou uma série, já na terceira parte, em que comenta um a um os livros mais absurdos (aqui, em português).

Para o leitor ter uma ideia, um deles promete ensinar a "aumentar o busto com o poder da mente"; outro defende a tese de que Elvis Presley é/era "o verdadeiro Messias":

http://paineldasletras.folha.blog.uol.com.br/

Rasuras


Eu acompanho o trabalho da Edith Derdyk há algum tempo e toda esta produção dela em papel em branco me inunda de significados poéticos. 

Eu escrevo muito, mas confesso, por aqui mostro pouco. Porque com o tempo a gente aprende que uma vez na internet, nada pode ser salvo. Portanto, eu me sinto segura, tendo minhas coisas guardadas. 

Assisti um filme esta semana e saí de lá pensando "quando você não é ninguém, você pode ser alguém!". Pode soar estranho, aforismo construído, mas não é. A sensação que tive é que na internet a gente se expõe (involuntariamente ou conscientemente) e muitas vezes isto é bom e em outras não é.

Aqui em casa, eu sou a exibida (tenho orkut, facebook, twitter e blog e freqüento todos me expondo cruamente, como diria Drummond) e o marido é um monge (só existe para as pessoas reais que realmente o conhecem). 

Por isso, mesmo me expondo, resguardo minhas letras... porque tenho certeza, meus contos, poemas, textos e cartas me desnudam muito mais do que meras impressões que tenho da vida, dos filmes, dos livros, que cito, posto, comento. Quando alguém lê as palavras que você deitou no papel essa pessoa tem que ser íntima, tem que ser sua confidente, para que você possa abrir seu livro sem medo...

Por isso, por aqui e por aí onde estou virtualmente tudo o que tenho são folhas de papel em branco, tingidas apenas com um blush... com poucas impressões sobre o que capto, porque o real, a real, eu deixo para mostrar ao vivo...

Assim sendo, hoje não sendo ninguém, um dia uma alguém serei.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os dez mais, por Thiago de Mello


"Dom Quixote" - de Miguel de Cervantes
"A Divina Comédia" - Dante Alighieri
"Odisséia" - de Homero
"Claro Enigma" -Carlos Drummond de Andrade
"Fogo Morto" - José Lins do Rego
"Lord Jim" - Joseph Conrad
"Cem Anos de Solidão" - Gabrial García Marquéz
"Alturas de Machu Picchu" - Pablo Neruda
"Grande Sertão: Veredas" - João Guimarães Rosa
"Várias Histórias" - Machado de Assis

Entre ser um e ser mil


Sempre que a Edith monta este curso eu acesso o site doida pra me inscrever... mas, é sempre num período em que algo está acontecendo na minha vida que me impede de ir. Até julho, só tenho vagas para me divertir, me descobrir , aos sábados... durante a semana... curso longo e intenso, estou vetada para outras poéticas!

Reserva Cultural


O cinema Sul Coreano e seus filmes surpreendentes!


Poesia

Uma senhora excêntrica com uma mente inquieta e questionadora entra por acaso em uma aula de poesia em um centro cultural na vizinhança e é desafiada pela primeira vez a escrever um poema. Sua busca pela inspiração começa ao observar a beleza do cotidiano, as coisas ao seu redor que ela nunca havia reparado. Mas quando a realidade se torna cruel, ela é obrigada a ver que o mundo não é tão bonito quanto ela imaginava.

O cinema Sul Coreano e seus filmes surpreendentes!

Mr. Vingança

Primeiro filme da Trilogia da vingança, do diretor Chan-Wook Park, o filme conta a história de um surdo mudo que decide vender um rim para pagar uma cirurgia para sua irmã que está gravemente doente. Quando é enganado pela quadrilha, ele decide sequestrar a filha de um rico empresário e pedir o resgate, alem de se vingar do grupo de que o deixou sem um rim e sem o dinheiro prometido. Visualmente belo e bem conduzido, vemos a ingenuidade do protagonista, que apesar dos meios, tem uma intenção pura de salvar a vida da irmã.



Gosto da Vingança

Sun-woo é o braço direito do chefão da máfia. Incubido da missão de vigiar a namorada do chefe enquanto ele está fora e com a ordem de matar a namorada e o amante caso ele realmente exista, Sun-Woo vê a oportunidade de provar sua lealdade ao chefe. Porem, decide deixar o casal fugir. Isso faz com que seu chefe ordene sua morte. Sobrevivendo ao atentado, Sun-Woo decide se vingar de todas as pessoas envolvidas na tentativa de sua morte. Com uma atuação fantástica de Byung-hun Lee, o filme lembra vagamente o “Gosto de Sangue”, primeiro filme dos Irmãos Coen.



O Hospedeiro

Maior bilheteria do cinema Sul-Coreano, este filme marca o retorno triunfal do gênero “filme de monstro”, muito utilizado na época de King Kong e Godzilla. Quando um cientista americano comete um erro, um monstro surge num lago aos arredores da uma cidade Sul-Coreana. O Filme gira em torno da busca de um pai para encontrar o paradeiro de sua filha, que ele acredita estar viva, contando com a ajuda de seus dois irmãos. Com momentos de comédia e muita emoção, o segundo grande filme do diretor Joon-ho Bong fez história no país e merece ser visto pelos amantes do cinema.



Primavera, Verão, outono, inverno… e primavera

Uma história sobre um monge budista que educa um garotinho em uma casa flutuante. A passagem das estações marca a passagem na vida do menino, até a chegada de uma adolescente que traz uma quebra de harmonia ao local. Esse filme marca, a virada na carreira do realizador sul-coreano Kim Ki-duk, depois de títulos caracterizados por uma forte violência psicológica, de onde vemos personagens femininas fragilizadas, vítimas de abusos ou forçadas a submeterem-se física e emocionalmente.


Memórias de um Assassino

Terríveis assassinatos começam a acontecer em uma cidadezinha no interior do país. Um investigador com métodos não convecionais quer encerrar o caso de qualquer forma. A chegada de um investigador da cidade, faz com que o ego pessoal para impressionar o chefe se aflore.


 OldBoy

Grande responsável pelo ressurgimento do cinema Sul-Coreano e da abertura de portas para outros realizadores, OldBoy é um filme impecável. Uma história bem amarrada, com atuações memoráveis e um desfecho que faz com que você pense: “Porque eu não tive essa idéia”.

 


Mother – Busca pela Verdade

Mother conta a historia de uma mãe que corre a todo custo atras de provas para provar a inocência de seu filho deficiente mental, que induzido pela polícia, confessou o crime.



Caçador

Conta a história de um ex-policial, afastado por corrupção e atualmente cafetão, que está tentando descobrir quem está sumindo com suas garotas. Seria uma história simples de investigação mocinho-bandido, se não fosse o fato dos dois se encontrarem com 15 minutos de filme. Daí pra frente fica exposto a despreocupação da polícia que se preocupa mais com política e moral do que com a manutenção de um criminoso.


Lady Vingança

O Filme conta a história de uma jovem que assume a culpa de um crime, para proteger a vida da filha. O tempo passado na cadeia serve para que sua vingança seja arquitetada e todos os passos dados fora da cadeia são voltados para que seu plano seja concretizado.



sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ya no sé qué hacer conmigo



Eu adoro dançar. Não importa que eu não saiba todos os ritmos, que eu não tenha ritmo, que tongas e milongas passem longe do meu quadril.

Mas, a música é algo que me deixa feliz. Não pra cantar (sou péssima em lembrar letras, deve ser algum distúrbio, deve ser...), eu gosto é de dançar. Gosto de ser levada, de pegar alguém que saiba e que me carregue. De ver os corpos se mexendo e de ir aos poucos, rindo por não saber, mas em deleite por estar ali...

Eu não deveria ter feito faculdade de "Senhora Dona Administração de Empresas" eu deveria era ter surtado e esquecido esta papagaiada de ser um funcionária de sucesso e ter caído na dança. Queria agora, ver se num sábado lindo assim eu estaria pensando na morte da bezerra... com certeza eu estaria no mundo, dançando, bailando, mi entontando inteira...

"y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo"

Falseando sorrisos

Feira do Bexiga - 08/2000

 

Já Não Sei o Que Fazer Comigo

El Cuarteto de Nos

Já fui obrigado a ir a missa, já toquei piano , para Elisa?
Já aprendi a falsear meu sorriso, já caminhei pela beira do topo do prédio.
Já mudei minha cama de lugar, já fiz comédia e já fiz drama.
Já fui honesto e já fui desonesto, já me passei por bom e já tive má fama.

Já fui ético, e fui vagabundo, já fui cético e fanático
Já fui abúlico, fui metódico, já fui impudico e fui caótico.
Já li Artur Conan Doyle, já me passei de nafta a gás óleo.
Já li Breton, e Moliere, já dormi em colchão e em estrado.
Já mudei a cor do cabelo, já estive contra e já estive a favor.
O que me dava prazer agora me dá dor, Já estive do outro lado do balcão.

E escuto uma voz que me diz sem razão
?Você sempre mudando, já não muda mais?
E eu estou cada vez mais igual
Já não sei o que fazer comigo.

Já me afoguei em um copo de água, e plantei café em Nicarágua
Já fui tentar a sorte nos EUA, já joguei roleta russa
Já acreditei em marcianos, já fui ovo lacto vegetariano
São, fui quieto e fui sedutor, já estive tranqüilo e já estive em prantos.
Já fiz curso de mitologia, mas os deuses riam de mim.
Ourivesaria passei raspando, e ritmologia, aqui estou aplicando
Já provei, já fumei, já tomei, já deixei, já assinei, já viajei, já colei.
Já sofri, já iludi, já fugi, já assumi, já fui, já voltei, já fingi, já menti.
E entre tantas falsidades, muitas das minhas mentiras já são verdades.
Passei fácil pelas adversidades, e me compliquei nas ninharias

E escuto voz que me diz com razão
?Você sempre mudando, já não muda mais?
E eu estou cada vez mais igual
Já não sei o que fazer comigo.

Já fiz um lifting, coloquei piercing, fui ver o Dream Team, e não houve feeling
Tatuei o Che em uma nádega, encima de mami para que não saia
Já ri e não me importei de coisas e pessoas que agora me dão medo
Fiz jejum por besteira, já me entupi com frango no spiedo

Já fui ao psicólogo, fui ao teólogo, fui ao astrólogo, fui ao enólogo
Já fui alcoólico e fui careta, já fui anônimo e já fiz dieta
Já joguei pedras e cuspi nos lugares onde agora trabalho
E meu dossiê conta com empenho, que me comportei bem e já desandei

E escuto voz que me diz sem razão
?Você sempre mudando, já não muda mais?
E eu estou cada vez mais igual
Já não sei o que fazer comigo.
 

Ya no se que hacer conmigo

 Ya tuve que ir obligado a misa, ya toque en el piano "Para Elisa"
ya aprendí a falsear mi sonrisa, ya caminé por la cornisa.
Ya cambié de lugar mi cama, ya hice comedia ya hice drama
fui concreto y me fui por las ramas, ya me hice el bueno y tuve mala fama.

Ya fui ético, y fui errático, ya fui escéptico y fui fanático
ya fui abúlico, fui metódico, ya fui impúdico y fui caótico.
Ya leí Arthur Conan Doyle, ya me pasé de nafta a gas oil.
Ya leí a Bretón y a Moliere, ya dormí en colchon y en somier.
Ya me cambié el pelo de color, ya estuve en contra y estuve a favor
lo que me daba placer ahora me da dolor, ya estuve al otro lado del mostrador.

Y oigo una voz que dice sin razón
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"
y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo.

Ya me ahogué en un vaso de agua , ya planté café en NIcaragua
ya me fui a probar suerte a USA, ya jugué a la ruleta rusa.
Ya creí en los marcianos, ya fui ovo lacto vegetariano.
Sano, fui quieto y fui gitano, ya estuve tranqui y estuve hasta las manos.
Hice el curso de mitoligía pero de mi los dioses se reían.
orfebrería lo salvé raspando y ritmología aqui la estoy aplicando.
Ya probé, ya fumé, ya tomé, ya dejé, ya firmé, ya viajé, ya pegé.
Ya sufrí, ya eludí, ya huí, ya asumí, ya me fuí, ya volví, ya fingí, ya mentí.
Y entre tantas falsedades muchas de mis mentiras ya son verdades
hice fácil adversidades, y me compliqué en las nimiedades.

Y oigo una voz que dice con razón
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"
y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo.

Ya me hice un lifting me puse un piercing, fui a ver al Dream Team y no hubo feeling
me tatué al Che en una nalga, arriba de mami para que no se salga.
Ya me reí y me importó un bledo de cosas y gente que ahora me dan miedo.
Ayuné por causas al pedo, ya me empaché con pollo al spiedo.

Ya fui psicólogo, fui al teólogo, fui al astrólogo, fui al enólogo
ya fui alcoholico y fui lambeta, ya fui anonimo y ya hice dieta.
Ya lancé piedras y escupitajos, al lugar donde ahora trabajo
y mi legajo cuenta a destajo, que me porté bien y que armé relajo.

Y oigo una voz que dice sin razón
"Vos siempre cambiando, ya no cambiás más"
y yo estoy cada vez más igual
Ya no se que hacer conmigo. (bis)
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Leão de areia

Diálogo a Dois

“A Angústia, Augusto, esse leão de areia”
Décio Pignatari


A Angústia, Augusto, esse leão de areia
Que se abebera em tuas mãos de tuas mãos
E que desdenha a fronte que lhe ofertas
(Em tuas mãos de tuas mãos por tuas mãos)
E há de chegar paciente ao nervo dos teus olhos,
É o Morto que se fecha em tua pele?
O Expulso do teu corpo no teu corpo?
A Pedra que se rompe dos teus pulsos?
A Areia areia apenas mais o vento?

A Angústia, Pignatari, Oleiro de Ouro,
Esse leão de areia digo este leão
(Ah! O longo olhar sereno em que nos empenhamos,
Que é como se eu me estrangulasse com os olhos)
De sangue:
Eu mesmo, além do espelho.


tudo está dito 1974

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os dez mais, por Francisco Alvim



"Guerra e paz" - L. Tolstói
"O Livro de Sonetos" - Jorge de Lima
"Fazendeiro do Ar & Poesia até Agora" - Carlos Drummond de Andrade (Ed. José Olympio, 1955)
"Corpo de Baile" - Guimarães Rosa
"As Flores do Mal" - Charles Baudelaire
"Em Busca do Tempo Perdido" - Marcel Proust
"Ulisses" - James Joyce
"Senilidade" - Italo Svevo
"Memórias Póstumas de Brás Cubas" - Machado de Assis
"Mínima Moralia" - T.Adorno

VivaVaia


Augusto de Campos, hoje (14/02/2011) completa 80 anos. É um poeta (das antigas, bem antigo), ensaísta e tradutor e está  vivo ! Viva !

Dele, quando falam, o que me vem a mente é o concreto.

Não a massa, que sustenta pilares e edificações... mas, o pensamento, que diluiu a matéria e que criou uma nova poesia com recursos visuais diferenciados, palavras geométricas explodindo em cores, em fontes, berrando novos significados, inundando páginas inteiras.

Ufa, foi uma revolução!

A Poesia Concreta veio do trio (elétrico) dele.

Eu adoro poesia, com muito texto ... para eu deitar no livro e ficar horas riscando belezas. Com o concretismo fica difícil, muito difícil.  Tudo é a olho nú, poucos riscados posso fazer, e quando o faço... é interferência.

Mas, este post não é pra falar da poesia... é breve, só pra dizer: Sr Augusto, parabéns!

E, devo confessar, pra quem reinventou novos formas de poetar o SITE com a vida e obra deste escritor é no mínimo, estranho.

Ao clicá-lo você verá um banner do CARREFOUR piscando, a página disforme, o texto mal diagramado... enfim, nada bonito... nada bacana... mas, talvez seja proposital, pra continuar incomodando, alfinetando, criando novas leituras... ou não!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rosa



Livro explora motivos e imagens recorrentes na obra do escritor mineiro

Em meio a uma fortuna crítica que se avoluma cada vez mais, eis que surge uma nova coletânea de ensaios que, transversalmente, percorrem a obra do grande escritor mineiro João Guimarães Rosa para sugerir novos ângulos de leitura, tendo como fio condutor alguns motivos recorrentes que atravessam os textos rosianos privilegiados por Adélia Bezerra de Meneses, em seu Cores de Rosa.

O feliz jogo de palavras do título tanto põe em evidência um conjunto de temas que, de fato, colorem a produção de um dos autores mais importantes do nosso século XX como propõe que a presença das cores tinge as narrativas com seu forte poder de sugestão, revestindo-as de uma carga simbólica que convida à decifração. E decifração é, sem dúvida, a tônica de cada um dos ensaios do livro, em que o leitor acompanha o paciente de trabalho empreendido pela autora de esclarecimento de passagens mais obscuras e de desvendamento das camadas de sentido que se sobrepõem e movimentam a prosa ficcional de Rosa, escritor conhecido pelo seu artesanato e pela utilização sistemática de uma gama enorme de recursos formais.

Fonte: O Globo | Prosa & Verso

sábado, 12 de fevereiro de 2011

De quem somos, porque somos.

Foto arquivo pessoal - 1991

A gente não é nada no mundo. Não é nada no nosso e muito menos no mundo alheio. O que a gente faz é ocupar um espaço nesta vida, por um determinado tempo, e durante esta trajetória a gente se torna importante para algumas pessoas (poucas pessoas) e algumas pessoas (poucas pessoas) se tornam importantes para nós.

Eu já fui hiperbólica, hiperativa e extremamente imaginativa.

Pintava o mundo com minhas cores e achava que todos as pessoas cabiam no meu arco-íris. Imaginava que para ser , bastava querer e para fazer bastava pensar. Não basta... mas, na época eu nem imaginava... ou melhor, imaginava.

Eu dou um duro danado e ninguém paga minhas contas. Não levanto bandeiras feministas, nem sou moderninha. Não sou hipócrita, nem desleal. Gosto de tudo à moda antiga. Mas, eu acordo às 06:30 da manhã e durmo só depois das 23:00, à noite. Tenho dias bons e dias ruins. Tenho família, com um gato, com um quase falecido cachorro e sem nenhuma galinha. Tenho um moço que comigo se deita e comigo se levanta e que ainda diz ser meu passarinho. Tenho umas dores reais e umas tantas imaginárias. Tenho sonhos mais simples, mas não menos fantasiosos. Tenho mania de achar que podia ser melhor, fazer melhor, ser mais, fazer mais (por mim e pelos outros). Tenho vontades e quereres. Um pouco de paciência, nem um pouco de fingimento. Mas, pago pra ver... pago pra ter... nada vem de graça... "nem pão nem a cachaça..." mas, não boto minha alma a venda, nunca botei.

Hoje sei que a vida não é mole não. Ter o mundo nas mãos é apenas uma metáfora e o máximo que podemos é lidar com o espaço que nos cerca, com as pessoas que queremos bem e que nos querem por perto.

Hoje, importa-me alguns poucos amigos, algumas poucas palavras, alguns poucos livros, algumas poucas histórias, alguns trocados, alguns shows, algumas viagens, algumas pessoas especiais, alguns sonhos guardados, algumas lembranças, alguns momentos...minhas agendas e um monte de recortes, de colagens e pensamentos soltos ao vento.  Basta-me pouco, bem pouco, bem sei, os que me conhecem de verdade, sabem...

E, quando cada pouco deste se apresenta eu o faço ficar gigantesco. Então, um final de semana banal (para outras pessoas) com aqueles que gosto... se torna um evento. Um livro, não lido por muitos e que me encantei, se torna um marco. Um show vivido, se torna mágico. Umas lembranças, se tornam reais. Assim sou eu...

E, por que sou assim ?

Porque esta é a minha matéria prima. Esta é a minha arte. Fazer do mínimo o máximo, extrair das pessoas outras belezas, tomar de delicadezas outras palavras... fazer tudo virar lembranças...

Se eu faço sentido neste universo, não é porque sou católica, porque sou de direita ou porque me formei e trabalho há mais de 20 anos sem parar... só faço sentido, me sentindo especial para uns poucos, transformando pequenas coisinhas em real grandeza... e com isto, abstraindo de tudo que tentei e não fui, de tudo que sonhei e não cumpri, de tudo que era o máximo... que se fez no mínimo.. eu sou, assim.

Não sou melhor e não sou pior do que imaginei enquanto crescia... meu tamanho não está neste post, minhas estórias não cabem neste blog, as pessoas que gosto não são meros retratos... elas estão vivas, respiram e me inspiram...

... diariamente...

E, assim sendo, assim sou. Bem pouco para muitos, mas talvez a medida exata para os que me conhecem e sabem, da minha vida... mais de mim mesma...

Porque eu sou mínima, minúscula, molúscula neste Universo inteiro.. mas, não nasci ontem e nem morrerei amanhã (assim espero) !


1972