“Seu querido Duchamp planeja um ensaio sobre a miniaturização como um dispositivo de fantasia. Trata-se de um texto que parece ter sido concebido como continuação de um velho projeto de escrever sobre ‘A nova Melusina’ de Goethe (em Wilhelm Meister), que fala de um homem apaixonado por alguém que é, na realidade, uma pessoa diminuta a que temporariamente foi concedida uma estatura normal e que, sem saber, carrega consigo uma caixa contendo o reino em miniatura do qual ela mesma é a princesa. No conto de Goethe o mundo fica reduzido a algo colecionável, um objeto no sentido mais literal. Assim como a caixa no conto de Goethe, um livro não é apenas um fragmento do mundo, mas um pequeno mundo em si mesmo. É como se, para Duchamp, o livro fosse uma miniaturização do mundo que o leitor habita.”
QUAIS SÂO OS LIMITES DA FICÇÃO?
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Vi esses dias uma discussão interessante, perigosa, num canal sobre livros.
Uma autora australiana de literatura “hot” foi presa por autopublicar um
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