Renato Braz é melodia que nos transporta para além do mar. Lembra vento leve que passeia pelo ouvido sem azucrinar. Traz sons delicados, traz letras que murmuram segredos, traz detalhes esquecidos pelo tempo.
É puro dom, falso índio, paulistano-mineiro-verdadeiro.
O show intimista acalanta. Quando surge Anabela, os pêlos se eriçam e os olhos marejam pensando em torvelinhos e uma infinidade de sentimentos que trazem barulhos ensurdecedores.
A vontade que dá e de se levantar e abrir o peito, soltar a voz e se entregar à paixão que a canção acende. Ao término dos acordes, fica tudo lá, nas linhas rotas dentro da gente.
Com Vaga-lume, tudo clareia e todo choro deixa de chorar... é sina, bem certo.
Bré, como convidado, é puro som, voz de berimbau, chocalho na beira do cais.
Mestre Sizão Machado é figura imperdível e merece ser visto mais de perto.
De Mário Gil, nem ouso falar, moço de sinházinhas, de iaias e de tantas calmarias, sua imagem no palco é tão cadenciosa e silenciosa que a música parece que apenas brota no ar...
Vídeo Gravado em 29/03/2009 - Auditório do Ibirapuera