Esqueça a tosse, desatente-se das meias vermelhas, mande os espirros pra debaixo do tapete. Escute Braz de peito aberto, imagine o vento nos cabelos e Anabela partindo pra não voltar nunca mais...
Anabela
(Mario Gil e Paulo César Pinheiro)
no porto de vila velha
vi anabela chegar
olho de chama de vela
cabelo de velejar
pele de fruta cabocla
com a boca de cambucá
seios de agulha de bússola
na trilha do meu olhar
fui ancorando nela
naquela ponta de mar
no pano do meu veleiro
veio anabela deitar
vento eriçava o meu pelo
queimava em mim seu olhar
seu corpo de tempestade
rodou meu corpo no ar
com mãos de rodamoinho
fez o meu barco afundar
eu que pensei que fazia
daquele ventre meu cais
só percebi meu naufrágio
quando era tarde demais
vi anabela partindo
pra não voltar nunca mais
Um comentário:
Anabela nunca esteve longe. Foi o poeta que definiu a partida. Eu a vejo nas janelas da canção ... Bela canção de amor. amor e dor. bem cor de dor.
Rodrigo .
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