segunda-feira, 30 de março de 2009

Vaga-lume

Pós-Show Renato Braz - Auditório do Ibirapuera - 29/03/2009


De emoção, o coração se espanta. Segurando em minha mão, meu moço-amor é pura poesia em final de domingo. Sob o viés das minhas pálpebras, um filme. Na película lúdica do meu cinema (interior) eu sou a personagem de todas as canções que Braz no palco encena e verbaliza.

Renato Braz é melodia que nos transporta para além do mar. Lembra vento leve que passeia pelo ouvido sem azucrinar. Traz sons delicados, traz letras que murmuram segredos, traz detalhes esquecidos pelo tempo.

É puro dom, falso índio, paulistano-mineiro-verdadeiro.

O show intimista acalanta. Quando surge Anabela, os pêlos se eriçam e os olhos marejam pensando em torvelinhos e uma infinidade de sentimentos que trazem barulhos ensurdecedores.

A vontade que dá e de se levantar e abrir o peito, soltar a voz e se entregar à paixão que a canção acende. Ao término dos acordes, fica tudo lá, nas linhas rotas dentro da gente.

Com Vaga-lume, tudo clareia e todo choro deixa de chorar... é sina, bem certo.

Bré, como convidado, é puro som, voz de berimbau, chocalho na beira do cais.

Mestre Sizão Machado é figura imperdível e merece ser visto mais de perto.

De Mário Gil, nem ouso falar, moço de sinházinhas, de iaias e de tantas calmarias, sua imagem no palco é tão cadenciosa e silenciosa que a música parece que apenas brota no ar...


Vídeo Gravado em 29/03/2009 - Auditório do Ibirapuera

Um comentário:

Rodrigo disse...

A pura poesia em canção! Vários instrumentos que formam uma unidade capaz de despertar os melhores sentimentos ...

Beijos!
Rodrigo Rudi .