... depois de um tempo, ele descobriu que o Hospital não era a pior parte. ruim mesmo era quando o coração doía até não mais poder. então houve uma fase em que era uma coisa mais ou menos assim: hospital-hospital-casa-hospital-casa-casa-hospital-hosp... cas... hos... ca... ho.. enfim, era tanto lá e cá que a gente nem tinha mais direção.
ele, falante, logo tratou de fazer amizades e contar histórias de antigas civilizações. eram tantos médicos e enfermeiras, que tempo não faltou para conhecer um por um e suas preferências. na época, prometeu à Dra Gioconda, sua médica de cabeceira, um quadro pintado por mim. ela nunca recebeu o quadro e eu nunca tive coragem de conversar com ela sobre telas ou outras coisas do coração...
dra Gioconda tinha um sorriso enigmático.
mas, todos sabiam
o que ela queria dizer
(e não dizia)
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