ANTIDEPRESSANTS
-
Suede lançou mais um, décimo disco, e como manda a tradição, registro aqui.
É a banda mais importante da minha vida, que descobri na adolescência e fo...
Mostrando postagens com marcador Cartas Imaginadas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cartas Imaginadas. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 1 de maio de 2010
Em pálpebras, palavras.
Lúnia,
Coloque a camisa branca mais simples que tiver, hoje vamos ao planetário caçar estrelas. Teu pescoço longo e teu olhar caído, lembram o longínquo céu de Aquário. Ontem pintei teu retrato em meio à luz do meu stúdio sombrio. O arco da tua sobrancelha foi o detalhe mais sutil, nenhuma estrela cadente faria esta curva perfeita ao cair do céu. Mas, acima dos teus cílios imaginários, eis que o arco triunfa e a composição ser, harmoniza. Parfait. Encontre-me no parque. Clemente de Amedeo.
Abril/2008 - A Letreira
Eu escrevo cartas antigas, para deixar dentro de livros, que só revisitarei em tempos longínquos. Eu escrevo cartas para encontrar-me no futuro, ao acaso...
Abril/2008 - A Letreira
Eu escrevo cartas antigas, para deixar dentro de livros, que só revisitarei em tempos longínquos. Eu escrevo cartas para encontrar-me no futuro, ao acaso...
Correspondance Mallarmé.
seria
pior
não
mais nem menos
indiferentemente mas tanto quanto
Mallarmé, chère amie.
Conversei com Leminski e ele me contou sobre o velho poço de Bashô. Creio que a ti, nada comentou. Sobre saltos de sapos, abolições e funduras ele preferiu guardar pra si as tais impressões (e imperfeições). Devo dizer-lhe porém, que cá estou a repensar nossas cartas. As últimas que recebi só falaram sobre A Grande Obra, mas para mim ela já está pronta. As rupturas, as costuras e as novas grafias, já superaram o passado recente. Não se magoe em vão, como tua amiga devo alertá-lo: a noite, palavras garrafais podem embebedar-lhe os sentidos e ainda poderá te causar falta de ar, como da última vez que de tanto querer mostrar-me as coisas não ditas, quase morreste em minhas mãos.
Sabes que te gosto, e por isto te cuido. Não se descuide, não se prenda à Baudelaire. Neste instante, você é o mestre e ele descansa do dever cumprido. Aqui, no meu Paradis Artificiels te aguardo. Escreva, espero, o endereço não muda, nem o sentimento.
S.Savannah-la-Mar
Voilà qui est mélancolique et déplorable !
30/05/2008 - A Letreira
30/05/2008 - A Letreira
Assinar:
Postagens (Atom)