sábado, 13 de novembro de 2010

As bridesmaids



Ser Madrinha de Casamento não é só dizer um "sim" para aquele casal querido que te escolheu (entre dezenas de outras pessoas) para estar ali, no altar, participando daquele momento único da vida deles. Ser madrinha, é ter atenção nos mínimos detalhes e cuidar para que tudo seja especial e perfeito. 

Não é fácil não... 

Eu, por exemplo, sei que a Dé e o Cardillo (meus novos afilhados matrimoniais) são dois musicistas excepcionais e se eu pudesse conduziria tudo no silêncio para deixar eles criarem cada nota de alegria que fluiria entre os convidados até o momento em que se ajoelhariam no genuflexório para prometerem, olhos nos olhos "te amarei na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... sem que a vida nos separe " 

Queria muito, que eles, ao me verem entre seus escolhidos fossem transportados para um universo mágico e diáfano onde tudo lembrasse contos (não exatamente os de fadas, mas sim, aqueles fantásticos que criamos e acreditamos que seremos felizes... para sempre)! 

Por isso, talvez, as pessoas não entendam que escolher o vestido da madrinha é algo muito importante, porque a noiva é que precisa estar em evidência, não nós ! É preciso ser algo delicado, elegante, discreto e com glamour na medida certa. Não pode ser simplório, não pode ser berrante. Sinceramente, é difícil acertar no vestido. 

No mercado de alta costura, para meras mortais, o que vemos são vestidos padronizados, cheios de cristais em abundâncias, de brilhos extenuantes e de fendas e decotes abissais. Não servem, devo dizer. 

Por que é tão difícil estes ateliês planejarem uma arara para as menos ousadas ? 

Madrinha não precisa ser em tom pastel, mas pode ser nude... delicada, romântica, apenas extensão da beleza da noiva que deve inundar tudo com olhares de espanto... Somos coadjuvantes, somos aquelas que devem somar. Não podemos ofuscar, simplificar, destoar ou sumir. 

Depois de muito procurar, encontro o que eu queria num texto "textura fina no tomara-que-caia romântico: bordados espalham desenhos de folhas. E o gazar sobreposto ao corpo do vestido vira pelerine nos ombros e babado de sereia na barra" 

Daí pensei "achei, é este! queria um vestido que me vestisse assim !" - porém, quando vi o detalhe "Carolina Herrera" , fiz um muxoxo e constatei "não é, com uma conta corrente sem encantamento, não dá pra ser este"! 

Mas, o que eu queria para ser uma das bridesmaids da Dé, era algo assim... fantasioso, delicado, cheio de poesia. Para quando ela me olhasse, tivesse a certeza do porque havia me escolhido, porque momentos importantes da vida da gente, não podem ser preenchidos por pessoas que apenas assinam um cheque e levam um vestido para casa para aparecer na festa. Madrinhas , precisam ser mágicas e fazer com que a Noiva se sinta linda, cercada de pessoas fantásticas. 

O dia, os amigos, os padrinhos e o noivo precisam ficar na lembrança dela, como seres inesquecíveis, imperdíveis e inimagináveis... 

Casamento , para mim, tem que ser assim... com todas as pessoas envolvidas, fazendo tudo para que a NOIVA seja a moça mais bonita e mais radiante, naquela dança, onde ela escolheu o menino mais bonito do mundo dela, para dizer "sim, eu te aceito"




“Festejar é celebrar a felicidade. 
Essa coleção tem um clima de fábula, com vestidos longos, 
suaves e românticos, como num sonho.” 

 Lino Villaventura

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