terça-feira, 23 de novembro de 2010

Afro-Sambas

Afro-Sambas – Mônica Salmaso e Paulo Bellinati

Se você se perdeu em 1995 e deixou Afro-Sambas passar...  belisque o seu agora na Biscoito Fino, aproveite!

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Biscoito Fino relança álbum editado originalmente em 1995, que marca a estreia, em disco, de Mônica Salmaso

Em 1962, quando Vinicius de Moraes conheceu Baden Powell, formou uma das maiores parcerias da história da MPB. Entre tantas canções da dupla, Vinícius teve a idéia de compor uma obra maior, uma espécie de musical baseado na mitologia afro-baiana, onde os cantos e ritos dos orixás fossem contados através de sambas de roda, pontos de candomblé e toques de berimbau.

Na mesma época, Baden passou um tempo na Bahia escutando os cantares do candomblé e frequentando os terreiros e, quando voltou para o Rio de Janeiro, impregnado dos sons mágicos dos berimbaus, encontrou-se com Vinícius. Siderados com os encantos da misteriosa religião, os parceiros recomeçaram a compor dia e noite.

Com as caldeiras aquecidas do melhor uísque e as antenas voltadas para a Bahia nasceram os Afro-Sambas: Consolação, Labareda, Tristeza e Solidão, Canto de Ossanha, Canto de Xangô, Bocochê, Canto de Iemanjá, Tempo de Amor, Canto de Pedra-Preta, Lamento de Exu  e Berimbau nunca tinham sido gravadas integralmente num único registro.

Recriando uma obra que foi vanguarda na década de 60, o violão de Paulo Bellinati e o canto de Mônica Salmaso se unem na essência da música de Baden Powell e Vinícius de Moraes, resgatando, na íntegra, um momento fundamental da história da MPB de forma profundamente autoral e moderna.