Foto arquivo pessoal
(Ferreira Gullar)
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
(em 'Na Vertigem do Dia', 1975-1980)
7 comentários:
Arte, pura arte! Beijos!
:)
Ola Sonia,
Em maio de 2008 vc postou um comentário no meu blog solicitando informacoes como obter uma colectanea de poesia em que eu e vc haviamos participado em 1999, Eispoesia (Exposicao em Movimento), neste momento há a possibilidade de podermos adquirir um exemplar desse mesmo livro. Contacte o Sr. Armando Herculano neste e-mail
a58ferreira-net@yahoo.com.br
Kandandu
Namibiano Ferreira
http://poesiangolana.blogspot.com/2008/05/primeira-colectanea-de-poesia-namibiano.html
Ah! Letreira,
Isso é lindo na voz de Adriana Calcanhoto, musicado por Fagner. Gullar é o que há! Há uma versão no youtube...
Abraço poético,
Pedro Ramúcio.
Flor, você voltou e voltou com tudo, hein?! Que bom!!!
Adorei conhecer o blog, a poesia e mais ainda as imagens!
Oi pessoas queridas, apareçam sempre... é muito bom escrever no blog e ter tanta gente atenta! Beijos, Sônia.
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