“Quem sabe escrevo por não saber pintar?”, dizia a própria Clarice Lispector. Dezesseis pinturas com guache, dos anos 70, mostram uma experiência da escritora em crise com sua literatura e em busca de outro modo de escrever, uma nova linguagem. O material está reunido pela primeira vez no Instituto Moreira Salles, na Gávea (Rio de Janeiro) , a partir de quarta-feira, em Clarice pintora, que fica em cartaz até 27 de setembro.
Mesmo que despretensiosa, esta convivência com as tintas influenciou suas obras a partir de Água Viva, de 1973. A construção de imagens é bem parecida com a literária, falando sobre o fazer e com algumas imagens meio… fantasmagóricas.“É uma libertação pintar. Liberta mais do que escrever”, avaliava.
A mostra também reúne livros e traduções das principais obras de Clarice Lispector, além de alguns manuscritos expostos em vitrines. Pra quem filhos maiores de 3 anos, há roda de história com o Grupo Mosaicos e os contos Quase verdade e A mulher que matou os peixes, no dia 26, com refrescos e barulho de passarinho.
Mesmo que despretensiosa, esta convivência com as tintas influenciou suas obras a partir de Água Viva, de 1973. A construção de imagens é bem parecida com a literária, falando sobre o fazer e com algumas imagens meio… fantasmagóricas.“É uma libertação pintar. Liberta mais do que escrever”, avaliava.
A mostra também reúne livros e traduções das principais obras de Clarice Lispector, além de alguns manuscritos expostos em vitrines. Pra quem filhos maiores de 3 anos, há roda de história com o Grupo Mosaicos e os contos Quase verdade e A mulher que matou os peixes, no dia 26, com refrescos e barulho de passarinho.
“Quanto ao fato de escrever, digo – se interessa a alguém – que estou desiludida. É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, a paz. (…) O que me descontrai, por incrível que pareça, é pintar. Sem ser pintora de forma alguma, e sem aprender nenhuma técnica. (…) É relaxante e ao mesmo tempo excitante mexer com cores e formas sem compromisso com coisa alguma. É a coisa mais pura que faço.”
4 comentários:
Eu desenhava quando estava triste, hoje eu escrevo.
Acho que as cores e as formas expressam bem, mas não existe nada como as palavras...
Bjs!
Obrigado pela dica. Também gostaria de saber pintar, mas tenho que me contentar com minhas linhas capengas...
Beijos!
a melhor coisa de pintar é não saber pintar, assim você não se prende e deixa o pincel correr solto.
pintar é ótimo, mas escrever desconserta mesmo.
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