Local: Clash Club
Endereço: Rua Barra Funda, 969
Coquetel: das 20h às 23h (no mezanino)
Show: 21h30 em ponto
Por favor, confirmar presença pelo e-mail.:
CALIGRAFIA (INKER/ 2009)
www.ludov.com.br
www.ludov.com.br/aovivo
Fonte: Conteúdo Explícito
O terceiro álbum do Ludov, Caligrafia, é a própria encarnação da metáfora utilizada pelo grupo em “Luta Livre”, canção que abre o disco: o coração em eterna luta com o cérebro. Sim, a banda está exposta, sem disfarces ou ilusões, que caíram pelo chão ao longo do caminho.
No trabalho anterior, Disco Paralelo (MONDO77, 2007), havia a necessidade de afirmação do grupo, depois que o baixista Edu resolveu mudar de vida e de país. “Enfatizamos a coletividade, insistimos nas parcerias para enriquecer as composições”, explica Mauro Motoki. Já em Caligrafia, a vontade de diversificar no estúdio foi natural, e o Ludov buscou enriquecer as músicas com elementos que fugissem da rotina (a banda já estava há dois anos tocando no formato padrão baixo-bateria-guitarra-vocal), e, espontaneamente, formar o repertório levando em consideração as diferenças de cada um. Caligrafia é o resultado disso: um disco que tem a assinatura de cada indivíduo, e não apenas de um grupo.
Não houve conversas prévias, tentativas de se achar um caminho ou algum tipo de censura antes do processo de criação. Em busca de assegurar essa liberdade, o Ludov viajou para um sítio sem nenhuma canção na bagagem, apenas com o objetivo de criar e gravar, longe de tudo e a partir do nada, as novas canções.
Habacuque Lima, Mauro e o amigo Fábio Pinczowski, sócios no Estúdio 12 Dólares e cúmplices no projeto Liga Leve, assumiram a responsabilidade pela produção do álbum. Decisão fundamental para que o processo fluísse naturalmente, sem aquela pressão vinda do mundo de fora. Depois de ter trabalhado com Chico Neves, produtor renomado de artistas como O Rappa, Skank e Los Hermanos, entre outros, a banda sabia que a cobrança não seria pouca.
Mas, ao se ouvir o produto final, recheado de arranjos inteligentes, de instrumentos inusitados (como ukelele) e harmonias vocais delicadas e bem construídas, difícil não chegar à conclusão de que a banda acertou na sua escolha.
Caligrafia tem 19 faixas, 12 no CD físico e sete que serão lançadas apenas na internet. Do total, 18 foram compostas no sítio e apenas uma, “Canção Por Helena”, chegou como um presente. A música foi feita pelo pai de uns dos integrantes nos anos 70 e ganhou nova roupagem pelo grupo. Mauro relata que “a liberdade que a gente se deu gerou algumas letras bem pessoais. E claro, uma diversidade que não seria alcançada de outra forma.”
Os novos rebentos mostram um Ludov bem resolvido e maduro. Aquela maturidade que te permite soltar os freios por já saber exatamente em que chão está pisando, que te permite aproveitar a fundo um passeio pelo universo da música pop. Maturidade que traz qualidade e espontaneidade.
“Luta Livre” abre o CD dando cotoveladas. Colada vem a dançante “Vinte Por Cento” e, em seguida, “Sob a Neblina da Manhã”, para ganhar o ouvinte de vez. “Reprise” e “Terrorismo Suicida” são o Ludov em sua melhor forma. “Madeira Naval”, “Mecanismo” e “Paris, Texas”, híbridos de velhas e novas referências: de Blur, Belly, Pulp, Cardigans, Marisa Monte, Chico Buarque.
O disco ainda conta com quatro músicas inclassificáveis: “Não Me Poupe”, uma visita ao universo dos malditos setentistas; “O Seu Show é Só Pra Mim”, uma mistura inimaginável de High School Musical com TV On The Radio; “Magnética” e sua sonoridade Novos Baianos e “Notre Voyage”, que, deliciosamente, é cantada em francês.
A voz inconfundível de Vanessa Krongold nunca esteve tão segura e suave ao mesmo tempo, nessas que são, certamente, suas melhores interpretações até hoje. A vocalista toma para si cada palavra, tornando-se dona de cada nota emitida no disco. Uma das grandes cantoras dessa geração. Sem estrelismos, servindo à musica e não ao ego, Krongold sabe a hora certa de fazer a canção brilhar e brilha ao saber a hora de deixar seus comparsas brilharem.
Todas as músicas estão disponíveis para download gratuito no site da banda. Assim como todos os videoclipes do grupo, vídeos do dia-a-dia dos integrantes, textos, letras, discos. E tem também o Ludov Ao Vivo, uma página de transmissão em tempo real de vários momentos da vida dos quatro membros.
É assim que o Ludov fica cada dia mais próximo de seu fã e mais dono do seu próprio nariz. Enquanto a grande indústria fonográfica se perde em tentativas confusas de entender o novo mercado e o novo consumidor de música, o Ludov segue tranqüilo em sua própria trajetória, escrevendo uma história cada vez mais sólida. Construiu, ao longo dos anos, conexões fortes com seus admiradores e entendeu, há bastante tempo, que é preciso mais do que apenas bons músicos para sobreviver.
Hoje, mais do que uma banda, Ludov é um empreendimento bem-sucedido, que conta com sete integrantes. Além de Mauro, Habacuque, Vanessa e Chapolin, que fazem de tudo um pouco pelo grupo, o produtor artístico Pinczowski e a produtora executiva Fabiana Batistela (representando a equipe da Inker) são fundamentais na vida do grupo. O sétimo elemento é o músico Bruno Serroni (também baixista do Pullovers), que entra nessa nova fase para ajudar a executar ao vivo o que foi feito em estúdio.
A banda é uma das poucas do cenário nacional que pode dar exemplo de como ser independente no Brasil. E é na coragem de assumir novos desafios que reside a sua força. Ao gostar do que o tempo traz, ao gostar do que nos confunde, ao fazer o que gosta, o Ludov consegue ser o que se espera sem ser previsível.
www.inker.art.br
No trabalho anterior, Disco Paralelo (MONDO77, 2007), havia a necessidade de afirmação do grupo, depois que o baixista Edu resolveu mudar de vida e de país. “Enfatizamos a coletividade, insistimos nas parcerias para enriquecer as composições”, explica Mauro Motoki. Já em Caligrafia, a vontade de diversificar no estúdio foi natural, e o Ludov buscou enriquecer as músicas com elementos que fugissem da rotina (a banda já estava há dois anos tocando no formato padrão baixo-bateria-guitarra-vocal), e, espontaneamente, formar o repertório levando em consideração as diferenças de cada um. Caligrafia é o resultado disso: um disco que tem a assinatura de cada indivíduo, e não apenas de um grupo.
Não houve conversas prévias, tentativas de se achar um caminho ou algum tipo de censura antes do processo de criação. Em busca de assegurar essa liberdade, o Ludov viajou para um sítio sem nenhuma canção na bagagem, apenas com o objetivo de criar e gravar, longe de tudo e a partir do nada, as novas canções.
Habacuque Lima, Mauro e o amigo Fábio Pinczowski, sócios no Estúdio 12 Dólares e cúmplices no projeto Liga Leve, assumiram a responsabilidade pela produção do álbum. Decisão fundamental para que o processo fluísse naturalmente, sem aquela pressão vinda do mundo de fora. Depois de ter trabalhado com Chico Neves, produtor renomado de artistas como O Rappa, Skank e Los Hermanos, entre outros, a banda sabia que a cobrança não seria pouca.
Mas, ao se ouvir o produto final, recheado de arranjos inteligentes, de instrumentos inusitados (como ukelele) e harmonias vocais delicadas e bem construídas, difícil não chegar à conclusão de que a banda acertou na sua escolha.
Caligrafia tem 19 faixas, 12 no CD físico e sete que serão lançadas apenas na internet. Do total, 18 foram compostas no sítio e apenas uma, “Canção Por Helena”, chegou como um presente. A música foi feita pelo pai de uns dos integrantes nos anos 70 e ganhou nova roupagem pelo grupo. Mauro relata que “a liberdade que a gente se deu gerou algumas letras bem pessoais. E claro, uma diversidade que não seria alcançada de outra forma.”
Os novos rebentos mostram um Ludov bem resolvido e maduro. Aquela maturidade que te permite soltar os freios por já saber exatamente em que chão está pisando, que te permite aproveitar a fundo um passeio pelo universo da música pop. Maturidade que traz qualidade e espontaneidade.
“Luta Livre” abre o CD dando cotoveladas. Colada vem a dançante “Vinte Por Cento” e, em seguida, “Sob a Neblina da Manhã”, para ganhar o ouvinte de vez. “Reprise” e “Terrorismo Suicida” são o Ludov em sua melhor forma. “Madeira Naval”, “Mecanismo” e “Paris, Texas”, híbridos de velhas e novas referências: de Blur, Belly, Pulp, Cardigans, Marisa Monte, Chico Buarque.
O disco ainda conta com quatro músicas inclassificáveis: “Não Me Poupe”, uma visita ao universo dos malditos setentistas; “O Seu Show é Só Pra Mim”, uma mistura inimaginável de High School Musical com TV On The Radio; “Magnética” e sua sonoridade Novos Baianos e “Notre Voyage”, que, deliciosamente, é cantada em francês.
A voz inconfundível de Vanessa Krongold nunca esteve tão segura e suave ao mesmo tempo, nessas que são, certamente, suas melhores interpretações até hoje. A vocalista toma para si cada palavra, tornando-se dona de cada nota emitida no disco. Uma das grandes cantoras dessa geração. Sem estrelismos, servindo à musica e não ao ego, Krongold sabe a hora certa de fazer a canção brilhar e brilha ao saber a hora de deixar seus comparsas brilharem.
Todas as músicas estão disponíveis para download gratuito no site da banda. Assim como todos os videoclipes do grupo, vídeos do dia-a-dia dos integrantes, textos, letras, discos. E tem também o Ludov Ao Vivo, uma página de transmissão em tempo real de vários momentos da vida dos quatro membros.
É assim que o Ludov fica cada dia mais próximo de seu fã e mais dono do seu próprio nariz. Enquanto a grande indústria fonográfica se perde em tentativas confusas de entender o novo mercado e o novo consumidor de música, o Ludov segue tranqüilo em sua própria trajetória, escrevendo uma história cada vez mais sólida. Construiu, ao longo dos anos, conexões fortes com seus admiradores e entendeu, há bastante tempo, que é preciso mais do que apenas bons músicos para sobreviver.
Hoje, mais do que uma banda, Ludov é um empreendimento bem-sucedido, que conta com sete integrantes. Além de Mauro, Habacuque, Vanessa e Chapolin, que fazem de tudo um pouco pelo grupo, o produtor artístico Pinczowski e a produtora executiva Fabiana Batistela (representando a equipe da Inker) são fundamentais na vida do grupo. O sétimo elemento é o músico Bruno Serroni (também baixista do Pullovers), que entra nessa nova fase para ajudar a executar ao vivo o que foi feito em estúdio.
A banda é uma das poucas do cenário nacional que pode dar exemplo de como ser independente no Brasil. E é na coragem de assumir novos desafios que reside a sua força. Ao gostar do que o tempo traz, ao gostar do que nos confunde, ao fazer o que gosta, o Ludov consegue ser o que se espera sem ser previsível.
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