acrílico sobre tela (fragmento) by Sonia Alves Dias
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Entrei naquela casa oca, levemente enjoada. No ar, um cheiro estranho, invadia minhas narinas e incomodava os sentidos. Os cantos eram marcados por móveis ausentes. No centro, um amontoado de papéis pardos e correspondências antigas, largados ao léu. Em sua aparente loucura, a mulher gesticulava e falava palavras desconexas , frases sem sentido "eles estão chegando e eu preciso me esconder rápido" – eles quem ? – "preciso fechar as portas muito bem fechadas " – que portas ? – "os comunistas vão tomar tudo ..." – comunistas ? – Eu não entendia o que estava havendo, o que ela queria me dizer, sabia apenas que deveria ficar ao lado dela...
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Entrei naquela casa oca, levemente enjoada. No ar, um cheiro estranho, invadia minhas narinas e incomodava os sentidos. Os cantos eram marcados por móveis ausentes. No centro, um amontoado de papéis pardos e correspondências antigas, largados ao léu. Em sua aparente loucura, a mulher gesticulava e falava palavras desconexas , frases sem sentido "eles estão chegando e eu preciso me esconder rápido" – eles quem ? – "preciso fechar as portas muito bem fechadas " – que portas ? – "os comunistas vão tomar tudo ..." – comunistas ? – Eu não entendia o que estava havendo, o que ela queria me dizer, sabia apenas que deveria ficar ao lado dela...
protegida pela sua loucura.
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