Acrílico sobre tela (fragmento) by Sônia Alves Dias
Vou tateando teto, tateando chão. A louca agora é um vulto que se esconde atrás de uma grade na janela. Seus cabelos selvagens voam e ela esgueira-se sorrateiramente pelos cantos vazios. Por entre sombras que gargalham ironicamente ela ... desliza, escorre, desaparece.
Um sino toca. Um grito estridente rasga a escuridão. As mãos dela estão presas às minhas. Não tento me soltar, quero apenas uma porta para abrir. A rua está dentro da casa. Corremos em círculos, de cócoras, de joelhos. Escorremos pelo piso frio, pelos vãos.
"Eles chegaram!"
Vou tateando teto, tateando chão. A louca agora é um vulto que se esconde atrás de uma grade na janela. Seus cabelos selvagens voam e ela esgueira-se sorrateiramente pelos cantos vazios. Por entre sombras que gargalham ironicamente ela ... desliza, escorre, desaparece.
Um sino toca. Um grito estridente rasga a escuridão. As mãos dela estão presas às minhas. Não tento me soltar, quero apenas uma porta para abrir. A rua está dentro da casa. Corremos em círculos, de cócoras, de joelhos. Escorremos pelo piso frio, pelos vãos.
"Eles chegaram!"
- ela grita -
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