seria
pior
não
mais nem menos
indiferentemente mas tanto quanto
Mallarmé, chère amie.
Conversei com Leminski e ele me contou sobre o velho poço de Bashô. Creio que a ti, nada comentou. Sobre saltos de sapos, abolições e funduras ele preferiu guardar pra si as tais impressões (e imperfeições). Devo dizer-lhe porém, que cá estou a repensar nossas cartas. As últimas que recebi só falaram sobre A Grande Obra, mas para mim ela já está pronta. As rupturas, as costuras e as novas grafias, já superaram o passado recente. Não se magoe em vão, como tua amiga devo alertá-lo: a noite, palavras garrafais podem embebedar-lhe os sentidos e ainda poderá te causar falta de ar, como da última vez que de tanto querer mostrar-me as coisas não ditas, quase morreste em minhas mãos.
Sabes que te gosto, e por isto te cuido. Não se descuide, não se prenda à Baudelaire. Neste instante, você é o mestre e ele descansa do dever cumprido. Aqui, no meu Paradis Artificiels te aguardo. Escreva, espero, o endereço não muda, nem o sentimento.
S.Savannah-la-Mar
Voilà qui est mélancolique et déplorable !
30/05/2008 - A Letreira
30/05/2008 - A Letreira
2 comentários:
Gosto desta criatividade metida à essência lírica. Debruço-me nesta fantasia e me afogo também.Parabéns!
Escrever para (e sobre) o passado é um exercício delicioso de refrescar os sentidos (e os sentimentos)
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