sexta-feira, 25 de abril de 2008

Whisky Uruguaio


Sobre Whisky



Tim-Tim. Põe o dedo enluvado no copo e mexe o cowboy. O filme não é bom não. Recebeu ótimas críticas, mas achei a fotografia duvidosa. Tem pouco ruídos, tem pouco sentido e pouco sentimento. Acredito que o autor/diretor poderia ter ido além. Foi raso, rasante, nem mergulhou.


Recomendo a capa.
Muito boa, adorei, recorto pra mim se achar nos jornais ou revistas. Ficou de uma beleza rara. Gostei das cores, das caras e das letras. Gostei de tudo.


A atriz, vestida de Marta.
É boa. Poderia ser melhor aproveitada. Pelo pouco que foi, foi bastante. Segurou o filme todo. Fez ponta de primeira. Saiu bem no retrato.


O ator, dono de Jacobo.
É viúvo. Solitário. Sujo. Sem muitas palavras, sem muito nada. No fundo nem foi tão ruim. Pensando melhor, não falou porque esta era a fala. Ausência delas, para bem dizer a verdade.


O ator-irmão, metido a cantor.
Eufórico. Viajado. Pai de filhas no retrato. Desligado do irmão, mas ligado no mundo ao redor de si. Tinha pinta mesmo de irmão-umbigo. Canteiro.

O filme retrata a ausência da fala, a decadência e a solidão. Despindo-se de paixões, propõe-se a ficar bom.

O triângulo:
ficou no ar,
de bermudas, de apostas escuras, de desdizeres,
numa película limbática e erma.

O fim.
É pra ti ver. Depois me dizer:
WHISKY!

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