Dez anos não voa, atropela. Tudo aquilo que você imaginou, não aconteceu. Quando era pra acontecer, você deixou de acreditar.
Eu não acredito - Pai - que já faz dez anos que você partiu (talvez nem queira acreditar mesmo).
Junho é tempo de enterrar meus mortos. Coração doído, sangra sempre. Cicatrizes, não curam... só as feridas, estas sim, desaparecem com o tempo.
Mais um primeiro domingo de junho, Pai. Há dez anos atrás, num mesmo domingo estranho assim, eu jogava terra na tua cova enquanto mil medos e mil dores e mil tristezas e mil choros e mil desesperos congelavam meu corpo trêmulo...
Mais um primeiro domingo de junho ... pai... e eu continuo enterrando tudo dentro de mim, sozinha, como sempre fiz...
Dez anos, Pai.
Eu daria dez minutos da minha existência pra você estar aqui agora, pra me fazer sorrir e então eu trocaria de lugar com você e partiria, sem medo...
Este junho, este inverno rigoroso, será para lembrar você, todos os dias, até que o sol se levante e me aqueça novamente. Até lá, Pai, na minha retina, teu caixão desce terra abaixo e meu coração ainda dói... como há dez anos atrás...
Um comentário:
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