sábado, 8 de maio de 2010

L'Enfer




O ano de 2004 foi um dos piores que já vivi. Dele, não gosto nem de lembrar, mas de vez em quando aparece alguma coisa pelo caminho... e eu me lembro.
Também foi um ano que renasci (e o marido é o responsável pelo meu salvamento!) , e isto, por si só já é um alento, uma dádiva.
Nesta época assisti o filme L'Enfer do Clouzot e confesso que pirei. Assisti mais de uma vez, assim como Betty Blue e alguns outros, e questionava tudo ao meu redor, tudo dentro de mim.
Se você já vivenciou uma relação doentia, não pode perder O INFERNO. Nele, Clouzot dá uma aula de psicanálise e te coloca cara a cara com o inimigo (seja ele você ou o outro). Nem toda culpa é um fato concreto,  nem toda inocência pode ser perdoada, algumas perdições nascem de atalhos e às vezes há caminhos que não tem volta... Certo é, que a moeda sempre tem dois lados.
Emmanuelle Béart, linda como sempre (no remake), provoca. O original verei agora, e olha só a história "Em 1964, o cineasta francês Henri-Georges Clouzot, autor de grandes clássicos como ‘O Corvo’ e ‘As Diabólicas’, começa a filmar ‘Inferno’, um projeto original e enigmático de grande orçamento, drama delirante sobre as alucinações de um gerente de hotel na Provença enlouquecido de ciúmes pela esposa. Estrelando Romy Schneider e Serge Reggiani, o filme era destinado a ser um grande evento em seu lançamento. Porém, após três semanas de filmagens delirantes, o projeto foi interrompido, e as imagens já feitas permaneceram inéditas por mais de 40 anos. Os diretores Serge Bromberg e Ruxandra Medrea recuperam essas imagens e contam a história desse filme interrompido, uma magnífica tragédia à frente e por trás das câmeras."



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