Quando o melhor a fazer é o silêncio ...
" Sempre foi muito natural a presença do violão na Casa de Francisca. Desde o início, quando ainda insistíamos com o silêncio durante as apresentações, o violão foi um dos instrumentos que talvez mais agradeceu esse mínimo que poderíamos fazer. Infelizmente é raro poder ouvir na maioria dos espaços musicais da cidade esse instrumento acústico ou semi-acústico, já que não se tem muito o hábito de ouvi-lo em silêncio ou sem a hierarquia da canção. Chico Saraiva foi um dos primeiros a trazer à Casa seu trabalho instrumental que não só exigia silêncio para ser apreciado, mas delicadeza para ser ouvido sem o habitual conduzir das palavras. Mesmo Chico teve um estranhamento inicial a proposta da Casa, mas depois que rompeu a dificuldade natural de lidar tão de perto com o silêncio do outro, tornou-se parceiro constante em nossa programação e nos apresentou outros grande músicos, como acontece nessa semana do violão. O duo Saraiva-Murray, a atração mais jovem dessa programação, de certa forma se desenvolveu a presentando-se na Casa e propiciou encontros com músicos de outros países, além de apresentações na França, Inglaterra e Portugal. Nesse dia a Casa oferecerá metade da entrada*, como forma de celebrar os encontros, as experimentações - que sempre foram um dos maiores incentivos que tivemos - e os grandes nomes do violão brasileiro... celebremos o (em) silêncio."
Guinga, aí vou eu...
2 comentários:
Seu espaço lembra-me
algum lugar entre o tempo da delicadeza e a resistência das árvores de um jardim.
Muito bonito.
Hey, Darling,
valeu a réplica,
fiquei feliz mesmo,
muito grata pela visita
e pelas palavras bonitas.
Boa Tarde pra você!
*
Postar um comentário