sexta-feira, 12 de março de 2010

Num rabo de foguete...


... Glauco partiu.

Acordei com a sexta-feira linda, sorrindo e cantando Gun´s ( o show é amanhã!) e ao ligar o computador: GLAUCO ASSASSINADO.

Deu um nó no peito. Não, o Glauco não era da minha família e tinha dias que os Ozetês me deixavam irritada, mas esse cara me acompanhou por uma longa estrada.

Eu sou fã de tirinhas (até fiz, nos anos 90, uma coletânea delas e dei o nome de TIRINHAS TIRADAS DE JORNAIS, com a Rê Bordosa na capa). Sou fã de quadrinhos, fã de HQs, fã de gibis. Era fã do Glauco, declarada. De carteirinha do Casal Neuras, do clássico Geraldão , do virtual Netão e do imperdível e quase raro Edmar Bregmam (dá-lhe Glauber Rocha)!

Deu um nó no peito sim. Quando alguém parte desta forma, num rabo de foguete faz a gente ficar com uma estranha sensação no peito... "Como assim, mataram o Glauco ?" . Tiraram dele a chance de partir no tempo certo, de morte morrida, para um outro espaço sideral...

Sexta injusta, macabra, marcada.  E,  nem o sol lá fora tira esta tirinha preta do peito.

Deixo aqui a minha admiração e o meu espanto, por este moço, um dos maiores cartunistas brasileiros - GLAUCO.

2 comentários:

Cosmunicando disse...

faço minhas as tuas palavras, nem mais nem menos, a mesma sensação.

Wilson Torres Nanini disse...

Glauco divide a sua morte com a de milhares de pessoas atadas ao abismo íntimo. Quando menos esperamos, um desses abismos invade nossa lavoura fértil. E, depois, nada alenta...