domingo, 24 de maio de 2009

Dando voz a poesia

Ademir Assunção e Edvaldo Santana

Borboleta é uma cidade que ficou perdida. Com a faca entre os dentes , Ademir se apresenta. Dos encontros com Edvaldo, sobra contos antigos. Sobra linha de trem que passa cortando anos, cortando lembranças e revivendo parcerias.


Entre um contar e outro, observo detalhes que a gente só descobre ao vivo. Dedos que estalam sem barulho, orelhas tocadas inconscientemente e na "lapela" , como se dizia antigamente, Ademir carrega a caneta como meu pai fazia. Por um instante, vem a tona um monte de referências daquela caneta ali. Engraçado, como a mente é um arquivo inesgotável de informações que julgamos perdidas.


De tantas contos, sobra Leminski espalhado pelos cantos. Sobra casa da Fortuna cheia de poetas, sobra certeza, de que "para alguns poemas o ambiente é o disco e não o livro" e o encontro nesta São Paulo barulhenta, que nos permite dizer...

"Quem sou eu, quem é você... muito prazer".

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