HILDA HILST
Para poder morrer
Guardo insultos e agulhas
Entre as sedas do luto.
Para poder morrer
Desarmo as armadilhas
Me estendo entre as paredes
Derruídas
Para poder morrer
Visto as cambraias
E apascento os olhos
Para novas vidas
Para poder morrer apetecida
Me cubro de promessas
Da memória.
Porque assim é preciso
Para que tu vivas.
Hilda era moça vermelha. Dos anos 30, intensa cor lhe acobertava a face marmórea e a língua afiada, além da alma brejeira. Irônica, linda e antiga então nem se fala... Hilda morreu há pouco tempo atrás, mas esta dona tem cada poema que dá vontade de apagar a luz e não dizer mais nada...
http://www.hildahilst.com.br/
http://www.hildahilst.com.br/
2 comentários:
Sônia, não sei pq cargas d'água eu pensava que vc era portuguesa, com certeza. Pois é, nem lembro mais quem fez contato comigo naquele tempo. Mas, é um livro bem interessante esse. Espero que possamos receber nossos exemplares.
Um beijo!
Lau
PS. Seu blog merece uma visita mais cuidadosa e demorada.
Uma rara mulher,
iria adorar corteja-la...
Bjs,
A
http://ideiavante.blogspot.com/
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