Com os nervos expostos, fujo. Ela se agarra em minhas tranças e foge comigo. Somos siamesas, percebo ao passarmos por um espelho. Volto lentamente. Observo-a, observo-me. Louca eu, me pareço. Louca ela, tenho certeza. Como nos tornamos siamesas, não saberia explicar. Porém, em determinado momento, nos transformamos em uma só pessoa e tínhamos o mesmo olhar, o mesmo andar, a mesma altura, os mesmos pensamentos , os mesmos movimentos e a mesma loucura.
DÉCIMA SEGUNDA CANÇÃO IMPRONUNCIÁVEL
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Árvores corcundas
em um jardim
de escuros.
Onde os dedos;
não, onde os olhos;
não, onde os lábios;
não, onde o onde
sereias ou morteiros
br...
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