domingo, 28 de novembro de 2010

Chicos e Chicas

Literatura Argentina Contemporânea,
vai lá descobrir um pouco mais...

Senhorita

Natalie Portman, solta suas asas...

Onde está Woody ?



Aqui, como sempre, em seus personagens neuróticos e nervosos.

Assisti "Tudo pode dar certo" sabendo o que esperar. Woody Allen, para quem gosta (como eu) é sempre diversão garantida, no sentido de ter sempre ótimas tiradas, críticas ácidas e acirradas e longos diálogos filosóficos que não me cansam.

TUDO PODE DAR CERTO, não tem o ator Woody (ele faz a direção) e seu alter-ego encarnou o próprio! No começo achei cansativo (o filme remete ao teatro, o que pode dar certo ou não). Durante mais de meia-hora achei que não daria, que o papel do ator era muito "forçado" , a personagem feminina era muito mais do que simples "patética", mas de repente deu certo!

O filme tomou ritmo, os diálogos cresceram, novos personagens entraram na trama e funcionou. Gostei muito do filme e por um tempo, achei mesmo que meu marido podia ser tornar aquele personagem do filme - exceto pelo fato de ser mais novo que eu, e não ser manco, nem tentar suicídos! Mas, genial ele é, e ranzinza com os seres simples humanos, também...

Se você gosta do Woody, como eu, vai gostar deste filme também, recomendo!

* * *

Woody Allen retorna à Nova York com uma comédia “Tudo Pode dar Certo” (Whatever Works), sobre um misantropo extravagante e uma jovem impressionante e ingênua vinda do sul. Quando seus irritados pais aparecem para buscá-la, eles são surpreendidos por complicações amorosas malucas. Todos percebem que para encontrar o amor basta uma combinação de sorte, acaso e apreciar o valor do que quer que funcione para você.
Direção: Woody Allen
Elenco: Larry David, Evan Rachel Wood, Ed Begley Jr., Henry Cavill, Patricia Clarkson
Gênero: Comédia Romântica
Distribuidora: California Filmes
Título original: Whatever Works
Duração: 92 min
Gênero: comedia 
Classificação Indicativa: 14 anos

Black Swan



Aguardando muito para ver, grande expectativa por Darren Aronofsky!



Sinopse: Nina (Natalie Portman) é uma bailarina profissional que ama o que faz. Quando o diretor artístico de sua companhia decide substituir a bailarina principal, Nina é a primeira opção. Mas ela tem a competição de uma novata, que também impressiona. A rivalidade das duas aumenta e Nina fica, cada vez mais em contato com o seu lado negro.

Curiosidades:
Em clima de suspense, a obra conta a história de Nina, uma bailarina dedicada que tem sua vida perturbada pela aparição de uma rival, Lily, que também acaba se tornando amiga da protagonista. Portman e Kunis terão uma cena de sexo induzido por ecstasy, agressivo e violento.

Orides

ESFINGE

Não há perguntas. Selvagem
o silêncio cresce, difícil.



                        De “Rosácea”, 1986   
                              ( Orides Fontela )

Rolling In The Deep

Bom dia domingo, que não precisa ser preto, nem branco...

sábado, 27 de novembro de 2010

Se


SE (Paulo Leminski)

se
nem
for
terra
se
trans
for
mar

Arraial


Arraial d' Ajuda, neste sábado lindo de sol, 
QUE SAUDADES DE VOCÊ !!!!

Dormiu, perdeu



Em sua segunda edição o Vira Cultura dobra de tamanho e terá 80 atrações em 35 horas de muita literatura, música, cinema, performances, atrações para as crianças, gastronomia e bem-estar. 

O festival ocupará quatro unidades da livraria no Conjunto Nacional, incluindo os 166 lugares do Teatro Eva Herz. Haverá atrações ainda no Cine Bombril, na academia Bio Ritmo, nos corredores do prédio e na calçada da Alameda Santos. 

Uma das novidades desse ano é a criação do Espaço Vinil, com exposição de raridades de colecionadores que tocarão seus sets favoritos . 

"Dormiu, perdeu"


Vira Cultura
Local: Livraria Cultura do Conjunto Nacional
(Av. Paulista, 2073 - Metrô Consolação)
Data: das 9h do dia 28/11 às 20h do dia 29/11

E se ele realizasse teu pedido


Realize um sonho de uma criança. Colabore com a campanha "Papai Noel dos Correios 2010". Você pode participar "ajudando o Papai Noel a ler as cartinhas" ou "se tornando padrinho de uma criança". Para saber detalhes da campanha acessem direto no endereço

No ano de 2009,  foram mais de 1,9 milhões de cartas e 413.602 presentes distribuídos. Imagino que as crianças que não receberam, devem ter ficado bem tristes.

Custa pouco para nós, vale muito para eles!

Participem!

http://www.correios.com.br/papainoelcorreios2010/index.html .

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Arte sem pressa

 
TIJUANA - FEIRA DE ARTE IMPRESSA
26/11/2010 - 19 as 22h
27/11/2010 - 11 as 20h

[segunda edição]
Projeto criado em 2007 pela Galeria Vermelho, o TIJUANA tem como objetivo a apresentação de obras impressas cujo suporte as diferencia dos formatos tradicionais de obras de arte como a pintura, a fotografia ou a escultura. No TIJUANA, obras de arte como livros de artista, gravuras, pôsteres, vinis e DVDs são produzidos, apresentados, e comercializados. O projeto acomoda também lançamentos de diversos tipos de publicações de artistas e de projetos editorias, criando com esses procedimentos uma plataforma ampla de apresentação e discussão acerca da arte impressa.

Saiba mais: Galeria Vermelho

Povoados


Plena mulher


Plena mulher, maçã carnal,
lua quente, espesso aroma de algas,
lodo e luz pisados, que obscura claridade
se abre entre tuas colunas?

que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:

amar é um combate de relí¢mpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,

e o fogo genital transformado em delí cia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.

Pablo Neruda


Uivando


Acaba de sair nova edição da revista Coyote. Número 21. Com poemas-pedradas do espanhol Leopoldo Maria Panero, em tradução de Vinicius Lima, conto inédito de João Gilberto Noll, entrevista com a crítica norte-americana Majorie Perloff (feita por Rodrigo Garcia Lopes), um ensaio bem atual de Jair Ferreira dos Santos e poemas de livro inédito deixado por Wilson Bueno, brutalmente assassinado em maio deste ano. Tem mais poemas e contos inéditos de Mariana Ianelli, Mario Domingues, Ivan Justen Santana e Marco Fabiani. + aforismas de Franz Kafka e ensaio fotográfico de Priscilla Buhr. A revista começa a chegar nas livrarias esta semana.

* * *

A revista Coyote prossegue abrindo espaço para novos autores, resgatando e apresentando nomes importantes das letras e das artes, de épocas e lugares diferentes, instigando a reflexão e a criação literária. Patrocinada pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) da cidade de Londrina, Coyote é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes.

COYOTE 21 // 52 páginas  // R$ 5,00 (Londrina) e R$ 10,00 (outras cidades) Uma publicação da Kan Editora. Distribuição nacional Editora Iluminuras.

Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161. Pode também ser adquirida pela internet através do site: www.iluminuras.com.br

Contatos: losnak@onda.com.br/zonabranca@uol.com.br/rgarcialopes@gmail.com

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pictures of You



"Me lembro de você, caída nos meus braços
Chorando pela morte do seu coração
Você era pedra branca, tão delicada, tão perdida no frio
Você sempre foi tão perdida no escuro"

Não


Eu não encontrei o vestido que eu queria...

Afro-Sambas

Afro-Sambas – Mônica Salmaso e Paulo Bellinati

Se você se perdeu em 1995 e deixou Afro-Sambas passar...  belisque o seu agora na Biscoito Fino, aproveite!

* * *

Biscoito Fino relança álbum editado originalmente em 1995, que marca a estreia, em disco, de Mônica Salmaso

Em 1962, quando Vinicius de Moraes conheceu Baden Powell, formou uma das maiores parcerias da história da MPB. Entre tantas canções da dupla, Vinícius teve a idéia de compor uma obra maior, uma espécie de musical baseado na mitologia afro-baiana, onde os cantos e ritos dos orixás fossem contados através de sambas de roda, pontos de candomblé e toques de berimbau.

Na mesma época, Baden passou um tempo na Bahia escutando os cantares do candomblé e frequentando os terreiros e, quando voltou para o Rio de Janeiro, impregnado dos sons mágicos dos berimbaus, encontrou-se com Vinícius. Siderados com os encantos da misteriosa religião, os parceiros recomeçaram a compor dia e noite.

Com as caldeiras aquecidas do melhor uísque e as antenas voltadas para a Bahia nasceram os Afro-Sambas: Consolação, Labareda, Tristeza e Solidão, Canto de Ossanha, Canto de Xangô, Bocochê, Canto de Iemanjá, Tempo de Amor, Canto de Pedra-Preta, Lamento de Exu  e Berimbau nunca tinham sido gravadas integralmente num único registro.

Recriando uma obra que foi vanguarda na década de 60, o violão de Paulo Bellinati e o canto de Mônica Salmaso se unem na essência da música de Baden Powell e Vinícius de Moraes, resgatando, na íntegra, um momento fundamental da história da MPB de forma profundamente autoral e moderna.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Faço, desfaço, refaço

Repertório Teatro Essencial de Denise Stoklos
dias 26, 27 e 28/11


Louise Bourgeois
grupo: Companhia Denise Stoklos - texto: Louise Bourgeois - tradução, adaptação, direção e atuação: Denise Stoklos

Louise Bourgeois: faço, desfaço, refaço é um espetáculo com textos e cenários da artista mundialmente aclamada, francesa de nascimento mas naturalizada americana, em que a atriz e dramaturga Denise Stoklos retrata seus pensamentos publicados em diversos livros e entrevistas, na primeira pessoa. Os ensaios foram realizados na sala de estar de Louise Bourgeois, que assim pôde conceber e realizar os componentes cenográficos e dar seu assentimento pessoal à encenação. Sexta e sábado, às 21h; domingo, às 20h - Ingressos: R$ 20,00 (retirada de ingressos: duas horas antes de cada sessão) - preço popular (retirada de apenas um ingresso por pessoa): todos os dias para 20% da lotação da sala (R$ 2,55) mediante a apresentação da Carteira de Baixa Renda e RG, conforme lei nº 11.357/93 - Espaço Cênico Ademar Guerra

domingo, 21 de novembro de 2010

Chá



A minha mãe não é inglesa e não aprendeu com a mãe dela as delícias de um chá da tarde. Claro, que vem da mãe, vem da avó a lembrança do café com bolo e as tardes ensolaradas com os amigos na varanda quando morava no interior (eu acho!).

Mas, acontece que depois que meu pai partiu e minha mãe quase partiu com ele, ela entrou num grupo de apoio e com as amigas da terceira idade, reaprendeu a viver e a ausência parou de doer tanto.

Foi difícil aqueles tempos... 

Hoje em dia, minha mãe é uma pessoa que gosta de muito mais coisas, dá muito mais risada e adora dançar. Tem um marido novo (literalmente, mas nem tanto assim... ) e gosta de convidar as amigas para um Chá da Tarde anual. 

Eu fico muito feliz em participar de cada detalhe e cuidar dos mimos e das delicadezas. Este ano atrasou por minha culpa, já que tive que fazer uma cirurgia e ela resolveu adiar tudo até eu estar definitivamente bem (coisas de mãe!).

Mas, o Chá da Tarde da Maria (bonita) chegou ! Estou fazendo os convites e já pensando nas doçuras para ela e as amigas dela. 

Com esta moça-mãe eu aprendo muito. E descubro que a vida é uma festa, mesmo que singela e apenas com aquele grupinho que te faz sorrir, assim... sem pedir nada em troca!

Dicas bacanas AQUI.


Chama as amigas para um chá também!
Cerimônia do Chá


Ainda ontem
Convidei um amigo
Para ficar em silêncio comigo
Ele veio meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo.
Paulo Leminski

Paul and me

o mais perto de Paul, possível ...

 Darling, darling, stand by me-e, stand by me

But you know I know when it's a dream... Strawberry Fields forever

Sergeant Pepper's Lonely Hearts Club Band.


The world was waiting just for you... 

O importante é ter (pelo menos um) Beatles na mão!

Beatles


Hoje, um dos Beatles forever, vai tocar quase no quintal da minha casa (no Estádio do Morumbi) . O certo é que eu deveria estar alucinada, porque Beatles... é Beatles e não há como negar tamanha existência.

Acontece, que eu gostava mesmo era do John Lennon (e daquele amor doido dele com a Yoko, mesmo que tenha estragado tudo) e sinceramente, mesmo achando que o Tio Paul é muito bacana, que está fazendo uma passagem fantástica pelo Brasil (com um bom humor nada britânico) e com pedaladas noturnas pelos parques da minha cidade, eu simplesmente não tive uma vontade louca de ver as quase três horas de show. 

Paul não é John, mas vale pela lenda.

O Morumbi é bom mas é ruim. Ou você vê na área vip ou é melhor ver na tv , porque lá, tudo é longe, tudo é grande e o preço é caro!

Ontem vi aquele povo de sempre acampado na frente do estádio. Sempre penso a mesma coisa, aquela cambada não está ali por amor ao ídolo o que eles querem é aparecer na tv, chamar a atenção e fazer com que aqueles que gostariam de chegar no tempo certo, na hora certa, tenham que sair mais cedo por causa das filas homéricas que se formam (sem necessidade!).

Mas, show é isso aí, efervescência e curtição. E, para os chatos de plantão, melhor ligar a tv.

Mais AQUI


Memória da pele



quando você está casada há sete anos e o marido ainda se inspira
 em você para fazer arte, é porque a vida vai bem, obrigada!


*

"Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia 
Na minha veia
Bate é no champanhe que borbulhava 
Na sua taça e que borbulha agora na taça da minha cabeça"
...

Madrugada


marido na madrugada pensando em mim e,
 trabalhando na memória da minha pele
. . .

O enforcado



Às vezes, por acaso, você se depara com um texto que poderia ser seu (de tão profundo reconhecimento de dor). A sensação primeira é a clássica "eu já passei por isto", a segunda é "não quero passar de novo". Mas, o pior de tudo, é no íntimo saber, que enquanto estivermos vivos, isto pode acontecer a qualquer momento (não importa o quão feliz estejamos neste instante). O amanhã nunca morre... 

Este aqui veio deste blog bacana:  BODY AND PROFANE ART e o título é certeiro: 

todas as cartas de amor são ridículas

Ao anjo torto
G.
Embora eu tenha uma vida humanamente miserável, pequena, um quase nada que se arrasta pelo tempo e espaço, eu espero que você tenha encontrado algum tipo de felicidade. 
Porque eu vou sempre continuar doendo aqui, em silêncio. Se eu continuo viva, é apenas pra passar meus dias dissecando nossos passos perdidos e que hoje rolam no ar, juntos talvez, já deixando transparecer parte do nosso pó futuro.
Você se lembra daquela chuva que você sentiu a natureza? Ela vem sempre morrer nos meus olhos.
Há mais de um ano você me deixou aqui, puta, bandida, timidamente calada, sentindo na garganta a corda da rejeição. Teoricamente, nossas cabeças já estavam rolando entre os pés imundos daqueles que deveriam nos amar. Você arrancou a corda, forjou uma queda e me deixou na forca sozinha, não me sobrou sequer um algoz.
E você me diz:
“– A mudança me fez grande, grande para perdoar. Meu silêncio já te torturou demais. Sempre serei o seu vazio. Nem meus pais eu amei tanto como amei você. Mas o amor virou cruz vadia carregada sem qualquer hipótese de redenção. Tive de ter coragem para rasgar-te as vestes e sepultá-las junto com o meu amor.”
Você se foi para sempre. E o que me resta é o ritual diário de te mandar um e-mail. Um e-mail que você não lê. Um dia você vai abandonar esse e-mail, mas eu manterei esse contato, porque essa é a corda que me restou. Se no dia do segundo abandono sua conta eletrônica for desativada e o e-mail retornar, entenderei como uma resposta sua, entenderei como um ‘eu te amo também’ às avessas, já sem amor, já sem corpo, etéreo e virtual.
H.


Detalhe: 
Depois da publicação do e-mail  recebi a resposta: "Escreve um livro em prosa poética sobre sua vida e me deixa em paz."